O clima é de tensão nas imediações do prédio da Assembleia Legislativa, onde um grupo de cerca de 1,5 mil pessoas, entre professores e profissionais ligados à educação, está aglomerado. Os manifestantes querem entrar no prédio, mas são impedidos por um cordão de policiais militares e seguranças do Legislativo Estadual. O Centro Integrado de Segurança Pública (Ciosp) também monitora toda a ação dos trabalhadores que estão manifestando em busca de apoio dos deputados, uma vez que o governo do Estado alega que não pode atender a pauta de reivindicações.
Um pequeno grupo de manifestantes que já estavam acampados nas proximidades do Tribunal Regional do Trabalho (PTR) há alguns dias, conseguiu entrar na Assembleia. Eles não são professores, mas também estão protestando por melhorias e por isso, também pressionam os deputados a apoiá-los em suas reivindicações.
Antes de chegar à Assembleia, o grupo de professores percorreu outros órgãos públicos, localizados no Centro Político Administrativo de Cuiabá. Eles passaram pelo TRT, pelo Tribunal de Justiça (TJ), pelo Palácio Paiaguás, sede do governo do Estado, e se dirigiram para o recinto dos deputados estaduais.
A categoria está em greve desde o dia 12 de agosto e, ontem, tiveram uma decisão desfavorável, quando o desembargador Marcos Machado acatou pedido do Estado e concedeu liminar declarando a greve como “abusiva”, determinando que eles voltem ao trabalho em 72h. Contudo, o Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) já informou que a greve segue adiante e que a assessoria jurídica do sindicato vai recorrer para tentar cassar a liminar.