Servidores estaduais da Educação que buscam a implantação do piso salarial de R$ 1.937, para jornada de trabalho de 30 horas, iniciam no dia 23 de abril uma greve que está prevista para duar uma semana. Atualmente o piso está em R$ 1.452 e o governo do Estado conceder 8% de reajuste e passará, em maio, para R$ 1.567. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Henrique Lopes do Nascimento, disse, ao Só Notícias, que três dias após o começo da paralisação, no dia 26 à tarde, será feita uma assembleia geral para decidir o rumo do movimento. Na mesma semana será feita uma paralisação nacional para cobrar implantação do piso e a valorização da carreira.
Além da implantação do piso, a categoria também reivindica regulamentação da hora atividade dos professores interinos e posse dos aprovados no concurso, que ainda não foram chamados.
O sindicato também cobra que o Estado invista 35% de sua receita em Educação, como determina a Constituição de Mato Grosso. “Se o governo tivesse a responsabilidade de cumprir com os 35% determinados na constituição poderia garantir melhores condições aos profissionais e alunos e o piso de R$ 1.937”, disse o presidente.
Henrique também disse que foi pedido aos presidentes das subsedes um levantamento da atual situação da estrutura das escolas estaduais nos municípios.
Conforme Só Notícias já informou, a reforma das unidades educacionais é a outra principal reivindicação. O Sintep aponta que há casos de escolas que não recebem melhorias há 3 anos. Em Alta Floresta, por exemplo, nenhuma das 18 salas de aula possui ar refrigerado. Os equipamentos estão disponíveis, mas encaixotados por falta de estrutura elétrica. Na mesma cidade há ainda a situação da construção do prédio próprio do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja), cujos trabalhos estão parados há um ano por problemas com empreiteira. Em Cuiabá, Sinop, Cáceres, Tangará da Serra e Barra do Garças, também há escolas aguardando por reformas e melhorias.
Segundo dados da Seduc, a rede estadual têm atualmente cerca de 400 mil alunos entre as 739 unidades educacionais em funcionamento.
(Atualizada às 15:31h em 20/03)