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Greve continua na UFMT e reitoria é invadida por alunos

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Alunos de 7 cursos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ocuparam o prédio da reitoria. Entre as reivindicações estão melhorias na estrutura física e, principalmente, contratação de novos professores efetivos. As reclamações são compartilhadas por estudantes de Sociologia, Serviço Social, Geografia, História, Filosofia, Letras, Música, Comunicação Social e Geologia. Não houve consenso, mesmo após reunião com a reitora Maria Lúcia Cavalli Neder no Instituto de Linguagem (IL). Os estudantes afirmam que alguns dos pontos reivindicados não foram atendidos. Outra reunião foi marcada para hoje, às 14h30 na reitoria.

Na manhã da segunda-feira, Maria Lúcia esteve no Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) -onde os alunos grevistas estavam reunidos – para entregar um documento que, segundo ela, atenderia às reivindicações. Ela sugeriu que a reunião para debater os pontos do documento fosse realizada no mesmo bloco, mas os estudantes preferiram debater na reitoria, saindo em passeata até o local. "A reitoria é o espaço oficial para deliberações e o lugar escolhido pela própria reitora para a fazer a reunião, conforme ofício encaminhado ao movimento na semana passada", explica a estudante de comunicação e membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Juliana Segóvia.

A paralisação das aulas foi decidida na segunda-feira (12) e o déficit de professores é o problema considerado mais grave pelos estudantes. Aline Mayara da Fonseca, 23, está no sexto semestre de Rádio e TV – curso que aderiu à greve na sexta-feira (16) – e conta que está sem professor para 2 disciplinas, isso sem contar com a falta de equipamentos e laboratórios. "Essa situação acarreta em atraso na conclusão de curso".

A estudante também explica que a coordenação do curso de comunicação encaminhou à reitoria o pedido para contratação de professor, mas a solicitação foi negada sob alegação de que falta orçamento e que o pedido foi feito fora do período. Por causa dessa situação, os estudantes de comunicação encaminharam uma denúncia ao Ministério Público Federal, mas ainda não têm resposta.

No ICHS, os problemas começam nas más condições estruturais dos blocos e se estendem à falta de professores e baixa carga horária destinada à pesquisa, que foi reduzida para 10h depois da aprovação da resolução 197, em 2009. Isso significa que o professor concursado tem 10h por semana para atender projetos de pesquisa, extensão, monitoramento e ainda orientar alunos.

Sem consenso – Na reunião à tarde, a reitora afirmou que muito foi feito nesse 1 ano e meio que está à frente da UFMT. "Contratamos professores a mais que o permitido. Devo admitir que fiz uma irresponsabilidade, mas porque havia necessidade".

Maria Lúcia afirmou que o projeto para a construção do centro de vivência e cantina no ICHS já está pronto, assim como o da ampliação do Restaurante Universitário (RU). Ela também disse que os blocos que não aderiram à Reforma Universitária (Reuni) não serão penalizados com falta de verba.

No entanto, os estudantes discordaram de todas as declarações da reitora, argumentando que querem "respostas concretas". Um dos coordenadores do DCE, Sandoval Vieira, afirmou que não havia prazo para as definições do projeto. Uma das diretoras da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daiane Rener, rebateu a quantidade de professores apontada pela reitora. "Mesmo que tenha contratado, eles não são suficientes perante a entrada de alunos e a quantidade de cursos. Vocês estão nos enrolando".

 

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