Representantes de professores em greve das instituições federais de ensino serão recebidos, esta tarde, pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. A categoria, que está em greve desde o dia 17 de maio, se queixa que o governo não tem mostrado disposição para a negociação. Os profissionais que trabalham na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) também aderiram.
“Do jeito que o governo tem se comportado, não dá para prever como será a conversa. Esperamos que eles [governo] apresentem de fato uma proposta concreta. A responsabilidade está nas mãos deles”, disse Marina. A reunião, inicialmente prevista para o dia 19 de junho, havia sido desmarcada pelo governo, que não havia definido nova data para o encontro.
Segundo a presidenta da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), Marina Barbosa, a categoria exige que o governo federal assuma sua responsabilidade na educação. Mesmo com o ofício do agendamento da reunião em mãos, os sindicalistas se mostram “incrédulos” com uma possível solução.
O encontro dá continuidade a reabertura de diálogo ocorrida na última quarta-feira (11), quando professores e servidores das instituições federais de ensino foram recebidos no Palácio do Planalto pelo secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Sottili, e pelo assessor especial José Lopes Feijó.
Neste momento, a paralisação atinge 56 das 59 universidades federais, além de 34 institutos federais de educação tecnológica. Os professores reivindicam reestruturação da carreira dos docentes e melhores condições de infraestrutura nas instituições.
A presidenta da Andes informa que os professores pedem uma reestruturação simples em 13 níveis, com variação de 5% de valor. Atualmente, a progressão salarial é dividida em níveis e subníveis considerados de entendimento pouco claro, o que torna difícil a ascensão do profissional ao topo da carreira.