O governo do Estado não acatou a contraproposta dos servidores da rede estadual de ensino, em greve há 45 dias. Com isso, fica mantida a proposta de reajuste salarial de 5% acima da inflação no próximo ano, seguido de 6% em maio de 2015, e até 2016, a categoria receberia 7,69%. Os professores almejam a implantação do reajuste salarial ainda este ano.
O anúncio foi feito pelo presidente da Comissão de Educação, deputado estadual Alexandre César (PT), em sessão, esta manhã, na Assembleia Legislativa. Segundo o deputado, a contraproposta encaminhada ao governo foi analisada e discutida em reunião com o secretário de Estado de Educação (Seduc), Ságuas Moraes (PT), mas não houve nova proposta.
Para o parlamentar, o governo não tem condições de atender as reivindicações e a proposta feita à categoria é considerada “razoável”. César citou o exemplo de outros estados, que mantém o piso da categoria abaixo do de Mato Grosso. “A proposta não é o ideal, mas é razoável, o governo chegou ao limite, e não tem mais condições de avançar nas negociações”, disse na tribuna.
O presidente Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes, disse que a categoria ainda não foi informada sobre a decisão, mas que é de responsabilidade do governo a continuidade do movimento grevista.
Lopes afirmou ainda que uma assembleia para discutir os rumos da greve só deve acontecer na próxima semana. Enquanto isso, a categoria mantém o ato programado para esta tarde com concentração no acampamento em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Cuiabá.