O governador Pedro Taques participou, esta manhã, em Cuiabá, da abertura do encontro de assessores pedagógicos que atuam em todos os municípios mato-grossenses. O objetivo principal do evento realizado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) é promover o diálogo sobre a proposta do governo de reorganização e revisão das normas que regulamentam as atribuições dos profissionais. A ideia é direcionar o foco dos trabalhos para o aluno em sala de aula.
Taques convocou os assessores para auxiliarem a discussão dos rumos da educação em Mato Grosso, que segundo ele está entre as piores do Brasil. “A culpa não é dos professores e gestores, a culpa é da administração. Por isso, desde o início do governo, há sete meses, já visitei 33 escolas, em diversos municípios, não apenas para ver os projetos pedagógicos desenvolvidos, mas para conhecer as dificuldades de perto e pedir o apoio da comunidade escolar para o avanço da educação”.
De acordo com o governador, em algumas regiões do Estado existe um apagão de mão de obra, devido a não qualificação. “Temos pessoas que chegam ao ensino médio sem saber absolutamente nada. Precisamos dar um salto de qualidade no desenvolvimento de Mato Grosso e faremos isso através da educação”, afirmou, acrescentando que nenhum país no mundo se desenvolve sem três pilares: conhecimento, tecnologia e educação.
O secretário de Educação, Permínio Pinto, destacou que a atual gestão encontrou uma pasta com muitas dificuldades e que o primeiro semestre foi de ajustes e mudanças. “Quando assumimos, a Seduc possuía um déficit de R$ 150 milhões. Só em transporte escolar devíamos R$ 14 milhões, além de dívidas com fornecedores, empreiteiros, entre outros. Essa realidade nos limitou, mas também é neste ambiente de dificuldades que temos que buscar o aperfeiçoamento da gestão e dar uma resposta ao cidadão”, destacou, ressaltando que a secretaria está propondo uma administração participativa e o diálogo permanente com os profissionais do segmento.
Permínio declarou ainda que a Seduc está promovendo debates com os 15 centros de Formação e Atualização de Professores (Cefapros), instalados em cidades polos do Estado, para que seja feito um diagnóstico das necessidades específicas de formação continuada, um dos gargalos da educação, e criado um modelo de escola para os gestores. “Sabemos que 50% ou mais dos problemas vivenciados pela escola é decorrente da própria gestão da unidade escolar”.
A intenção da secretaria é, até o fim do ano, promover um novo encontro para apresentar uma política de formação continuada para o Estado. A manutenção, acompanhamento e monitoramento das assessorias pedagógicas fazem parte do pacote de ações do programa Transforma Mato Grosso para a educação.