“Vamos fazer o regime de colaboração entre Estado e município ocorrer de fato”, anunciou o secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes Sousa, no encerramento do seminário ‘Educação Básica’, ontem, que reuniu durante três dias 400 assessores pedagógicos da rede estadual de ensino, superintendentes da Seduc, diretores e coordenadores.
A maior aproximação e o fortalecimento entre as esferas estadual e municipal foram defendidos durante o seminário por palestrantes renomados como os professores Mozart Neves Ramos, Erasto Fortes (UNB) e Francisco das Chagas (MEC) e ainda pelos técnicos da Seduc e profissionais da Educação do Estado.
Ságuas Moraes, entende que a separação da rede de ensino deve se ater à parte burocrática, com cada um respondendo por suas responsabilidades financeiras, mas compartilhando os demais aspectos. “Isso resulta em melhor aproveitamento da infra-estrutura e dos recursos investidos”, aposta o secretário.
Um bom exemplo de regime de colaboração que já se transformou em referência na educação pública de Mato Grosso foi vivenciada em Diamantino, no período em que a atual secretária-adjunta de Políticas Educacionais da Seduc/MT, Rosa Neide Sandes, foi secretária municipal de Educação.
Embora relate que houve um período de adaptação para a novidade, a educadora ressalta avanços obtidos como a eleição direta e democrática para diretor (não era obrigatório ainda), a gestão partilhada dos recursos humanos, a formação continuada conjunta, a avaliação integrada do processo de aprendizagem, o calendário comum para atividades festivas entre a rede estadual/municipal, entre outros aspectos.
Outras vantagens apontadas para o regime de colaboração é a otimização dos espaços, a minimização de custos, o trânsito fluente dos alunos e a aproximação da comunidade do poder local.
“A rede é pública e todos nós somos responsáveis”, reforçou a secretária Rosa Neide Sandes, lembrando que a experiência em Diamantino foi tão positiva que a cultura do compartilhamento persiste até hoje.