Estudo realizado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) sobre oferta e demanda de vagas nas 123 escolas estaduais de Cuiabá e Várzea Grande, para o ano letivo 2013, tem garantido que os alunos possam estudar em unidades próximas de suas residências. O levantamento feito, no ano passado, contou com a parceria das Assessorias Pedagógicas, direções das escolas e Secretaria de Educação da capital.
De acordo com o coordenador de Microplanejamento da Seduc, Márcio Tadeu Magalhães, o levantamento garantiu subsídios para que a secretaria pudesse aumentar a oferta de vagas em regiões das duas cidades que tiveram aumento populacional. "Com os dados em mãos, definimos junto às prefeituras que nos bairros onde as escolas municipais não possuíam vagas para atender aos alunos dos anos iniciais (1º a 6º ano), as unidades do estado abririam vagas e vice versa", disse.
Umas das unidades em que ocorreu essa situação foi a escola estadual Pedro Gardés, localizada no centro de Várzea Grande. A unidade abriu uma sala de 6º ano (3ª fase do 3º Ciclo) para atender os alunos que moram na região central, em função do fechamento de uma escola do município.
De acordo com o estudo, para 2013, há uma estimativa de 14.465 novas vagas em Cuiabá, divididas em ensino fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em 2012, 55 mil alunos estudaram nas 76 escolas estaduais do município. Em Várzea Grande o número estimado de novas vagas é de 7.990. No ano passado 27 mil alunos da cidade frequentaram as aulas nas 47 unidades do estado.
Dificuldade
Apesar do trabalho conjunto entre Seduc e redes municipais na garantia de vagas aos estudantes, desde início do período de matrículas (16) nas escolas estaduais, a secretaria registrou casos de estudantes que não estavam conseguindo vagas próximas de suas casas. Segundo Marcio Tadeu, "isso ocorre em função de alunos que estão sendo matriculados em escolas longe de seus domicílios.
"Devido ao direito constitucional de ir e vir garantido aos cidadãos, a Seduc não pode proibir que os pais matriculem seus filhos em escolas que não sejam dos bairros onde eles moram ou na mesma região, e isso tem causado algumas dificuldades. Por exemplo, o pai que matricula seu filho em uma escola da região central retira a vaga do aluno que mora no centro" , explicou.
Ele cita que há casos de regiões, nas duas cidades, que tiveram um grande aumento populacional em função da construção de grandes residenciais, que não destinaram espaço para construção de novas escolas. Para essas situações, o redimensionamento é insuficiente para toda demanda . "Para garantir o atendimento organizamos para que esses alunos possam estudar nas escolas mais próximas possíveis", explicou.
Ele cita o caso da região da Avenida das Torres em Cuiabá, que ganhou vários condomínios. "Aqueles que não conseguirem vagas em escolas nos bairros ao lado desses residências orientamos para que procurem as escolas municipais e estaduais da região do grande Tijucal", finalizou.