O Ensino Médio Profissionalizante (ensino médio integrado ao curso técnico profissionalizante) será oferecido pelo Ceprotec (Centro Estadual de Educação Profissional) em escolas públicas estaduais nos municípios de Barra do Garças, Rondonópolis, Alta Floresta e Sinop. Devem ser escolhidas escolas que ofereçam somente o Ensino Médio. A minuta da portaria com alguns critérios para a oferta do Ensino Médio Profissionalizante foi apresentada nesta segunda-feira pela secretária Flávia Nogueira (Ciência e Tecnologia) à secretária Ana Carla Muniz (Educação).
Serão abertas, a princípio, quatro turmas, uma em cada município. A escolha das escolas será feita pela Seduc. As escolas passarão por uma reestruturação física a fim de receber os novos cursos, com um recurso médio de R$ 600 mil por unidade, que será repassado pelo MEC. A idéia é que, depois da finalização das primeiras turmas, as escolas definam se querem continuar oferecendo a nova modalidade e, em caso positivo, acessem os recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).
Também ficou definido na reunião que os cursos a serem oferecidos na nova modalidade estarão entre os que já são oferecidos como cursos técnicos pelo Ceprotec. “Assim além de já termos os professores, também estaremos aproveitando o conhecimento acumulado que temos”, explicou Flávia Nogueira.
Outro critério definido foi quanto à escolha dos professores, que será feita com base no currículo, em parceria com o Centro de Formação e Atualização do Professor (Cefapro). Na reunião também ficou acertado que o projeto será avaliado por uma comissão externa no final de 2007.
A Seduc deve concluir até a próxima sexta-feira (15.07) o levantamento das escolas de Ensino Médio do Estado. Nos próximos dias a equipe da Secitec também deverá concluir um calendário de visitas de sensibilização, que serão feitas por representantes das três secretarias nas escolas escolhidas para sediar os novos cursos, a fim de discutir, entre outras coisas, a construção do currículo integrado.
Também estiveram presentes os membros da comissão interinstitucional que discute o tema: Iza Aparecida Saliés(Seduc), Geraldo Grossi Júnior (Secitec) e Frederico Ojeda Laureano (Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Cidadania) e Nelci Salte Basso (Ceprotec). A comissão será responsável pela elaboração do pré-projeto para a implantação do Ensino Médio Profissionalizante no Estado. O pré-projeto deve ser entregue ao MEC até 15 de agosto.
O Ensino Médio e o Profissionalizante eram ministrados de forma integrada até 1997, quando a modalidade ficou proibida, passando os cursos profissionalizantes a serem dados separadamente. O curso integrado tinha duração de quatro anos, sendo um dedicado ao estágio. Nesse tipo de curso o estágio não era obrigatório para a obtenção do certificado e as disciplinas básicas – como Português e Matemática – eram dadas nos primeiros anos. Na nova modalidade proposta pelo MEC, as disciplinas básicas serão ministradas ao longo do curso, integradas às profissionalizantes. Anualmente 2 milhões de alunos concluem o Ensino Médio, mas existem somente 400 mil vagas nas universidades. O ensino médio profissionalizante seria uma alternativa para cerca de 1,6 milhão de estudantes.