Os trabalhadores da educação da rede municipal de Barra do Garças voltaram a entrar em greve, na última segunda-feira, após o prefeito descumprir a ordem judicial e se negar a pagar o piso nacional para a categoria. No ano passado a greve durou 104 dias e sem uma proposta que atenda às reivindicações da categoria a greve continua por tempo indeterminado.
A única proposta feita pelo prefeito Roberto Ângelo Farias após a decisão judicial foi a de propor um reajuste salarial onde menos de 15 dos 700 trabalhadores receberiam o piso proporcional e para a maior parte da categoria haveria aumento de cerca de R$ 30.
"Foi enviado um projeto para a Câmara de Vereadores, mas não fomos informados se foi essa proposta do prefeito ou um outro projeto, mas do jeito que nos foi apresentada a proposta não inclui os funcionários no reajuste, apesar de termos uma carreira única, além de destruir os planos de carreira", explica o presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Omar Cirino de Souza.
De acordo com a decisão do Judiciário do município, caso o piso não seja pago, as contas da Prefeitura poderão ser bloqueadas e se mesmo assim o problema não for solucionado o prefeito pode ser afastado do cargo. "A destruição da carreira da educação em Barra do Garças precisa de uma ação enérgica e assim como os companheiros em outros municípios que fizeram greve este ano, nos manteremos firmes apesar das pressões do Executivo", afirma o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes do Nascimento.
Hoje, a categoria se reúne em reunião para debater os encaminhamentos da greve. Amanhã, a categoria realiza um protesto pacífico durante a inauguração de uma praça na cidade. Já na segunda-feira (2 de junho) os trabalhadores da educação fazem uma passeata pelas ruas da cidade durante a manhã e à noite realizam uma manifestação durante a sessão da câmara.