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Docentes da UFMT ameaçam greve caso resolução seja alterada

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Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) podem entrar em greve caso seja encaminhada para votação, no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, a alteração da resolução 158/2010, que regulamenta a carga horária docente. A decisão saiu em assembleia geral, ontem, em Cuiabá. As mudanças preveem aumento nas cargas horárias em salas de aula, de oito a 10 horas para 20 horas (semanais), e de 12 a 16 horas para 40 horas (semanais). Também pode ser reduzido tempo para preparação das aulas de 1h30 para 1h, e a dinâmica de orientação de alunos.

De acordo com a assessoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), para os professores, a resolução visa atender a um modelo de universidade que vem sendo implementado com o REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), em que o número de professor por aluno pula de 8/1 para 22/1. Com o aumento de alunos na graduação e a falta de concursos públicos que atendam à demanda, os docentes são impulsionados pela regulamentação da carga horária a se manter em sala de aula, em detrimento da pesquisa, extensão e a pós-graduação.

No ano passado, os professores entraram em greve por 127 dias, retomando as aulas em outubro, suspendendo o movimento, mas mantendo as cobranças de melhorias. A principal delas era reestruturar o plano de carreira além de investimento na infraestrutura das instituições. O governo federal apresentou duas propostas. Uma concedendo reajuste nos próximos três anos, além dos 4% previstos pela medida provisória e a reestruturação da carreira passando pela redução de 17 para 13 níveis.

A categoria rejeitou expondo que as alterações nos percentuais de aumento apresentadas pelo Ministério do Planejamento “foram dirigidas às situações que demonstravam maior perda de valor real até 2015”, mas que, mesmo assim, “a maioria dos docentes terá valor real reduzido nos seus salários”.

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