Trabalhadores da rede estadual de ensino, em greve há mais de 60 dias, protestaram na Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), em Cuiabá, esta manhã. Mais de 100 profissionais com tambores, apitos e mega-fones compareceram ao local, no bairro Goiabeiras, e reivindicaram do governo estadual uma solução para a mobilização. Uma das reclamações são os gastos com a realização da Copa na capital.
A ategoria cobra reajuste salarial de 5% ainda este ano e a hora-atividade, e o governo insiste que não tem condições de atender esses pontos.
A Polícia Militar mobilizou 40 policiais para atuar no local, mas a manifestação foi pacífica, sem incidentes. Os trabalhadores participam ainda, esta tarde, de uma reunião agendada pelo Ministério Público Estadual (MPE), na sede do órgão.
Ainda hoje os profissionais pretendem voltar a acampar na Assembleia Legislativa, para acompanhar a tramitação do projeto de lei que a categoria exige que seja encaminhado pelo Executivo. O documento deverá contemplar a proposta para o atendimento das reivindicações dos trabalhadores.
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) Henrique Lopes do Nascimento, a paralisação teve avanços com as negociações, apesar dos impasses, e acredita em acordo.
Outro lado – Segundo a assessoria da Secopa, a manifestação dos professores não atrapalhou o expediente do órgão, já que os manifestantes permaneceram no primeiro andar do prédio e as funções administrativas são realizadas no segundo andar.
Greve – Conforme levantamento do Sintep/MT, de 717 escolas analisadas, 500 estão com as atividades paralisadas, sendo 69,7% total, 2,9% parcial e 27,3% em funcionamento.