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Avaliação da Folha sobre UFMT não significa falta de qualidade, aponta reitora

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A Universidade Federal de Mato Grosso recebeu duas notas zero em uma avaliação de qualidade feita pelo jornal Folha de São Paulo, que elaborou um ranking a partir de opiniões de pesquisadores sobre 191 instituições de ensino superior. A UFMT ficou na 51ª posição e, de acordo com a reitora Maria Lúcia Cavalli Neder, isto não significa más condições da instituição. Para ela, é necessário que entendam a metodologia utilizada para elaboração da listagem. “Foram consultadas 587 [pessoas] se eu não me engano. Pesquisadores deveriam citar as universidades. As universidades que não foram citadas aparecem com nota zero. Não significa que essas pessoas avaliaram a instituição, significa que não citaram. Não citaram porque as vezes os nossos estudantes não estão no campo de trabalho do Centro-Sul”, explicou.

As notas zero foram aplicadas nos quesitos qualidade de ensino e indicador de inovação. “Nós sabemos hoje que Mato Grosso é um Estado que oferta muitas possibilidades de trabalho. Os nossos estudantes não têm necessidade de sair daqui para buscar trabalho em outro local, isso pode ser um ponto da não inserção dos alunos no mercado, então é preciso entender metodologia. Eles não vieram aqui fazer avaliação da universidade. Foram pesquisadores do país que deixaram de citar a UFMT e por não ter sido citada, pelo menos três avaliadores deveriam citar, ela ficou com zero”, acrescentou.

Atualmente, a universidade está com nota 4 – em uma escala de 0 a 5 – no Ministério da Educação e, esse índice é levado em consideração para a avaliar a qualidade. “Estamos muito bem porque ali [no índice do Mec] é avaliado professor, titulação, biblioteca, laboratório, sala de aula, as condições estruturais de apoio ao estudante. Então esta é a avaliação que a universidade leva em consideração. Agora é claro que vamos observar com rigor as metodologias utilizadas porque toda avaliação é muito bem vinda a instituição de ensino para que ela possa a partir disto, rever certas políticas, decisões e mesmo ações dentro das instituições”, reforçou.

Para elaboração do ranking, conforme Só Notícias informou, foram consultadas opinião de mercado (aproximadamente 1,2 mil representantes de recursos humanos) e 597 pesquisadores de grande produção científica, que avaliaram quatro quesitos: qualidade de pesquisa, qualidade de ensino, indicador de inovação e avaliação de mercado (onde para cada representante, foi pedido que apontasse as três instituições de ensino superior para os quais dariam preferência em um processo seletivo).

A UFMT atingiu nota 46,89; a Unemat somou 19,72 e Unic, atingiu 18,32 pontos.Nacionalmente, aparecem entre os dez primeiros as seguintes instituições: USP (SP), UFMG (MG), UFRJ (RJ), UFRGS (RS), Unicamp (SP), Unesp (SP), UFPR (PR), UnB (DF), UFSC (SC) e UFPE (PE).

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