Acadêmicos da Universidade do Estado de Mato Grosso, em Sinop, decidiram ontem, em assembleia, dar continuidade ao movimento deflagrado em 18 de maio. As aulas permanecem paralisadas por tempo indeterminado até que sejam resolvidos os problemas do campus. Às segundas-feiras, eles se reunirão para deliberar sobre a condução dos trabalhos. “Calendário, biblioteca, são questões específicas de Sinop mas a principal bandeira é a fora Taisir”, declarou a presidente do Diretório Central dos Estudantes, Graciele Marques, ao Só Notícias. Ontem, no anfiteatro da universidade, discentes cobraram explicações da coordenadora do campus de Sinop, Lenita Korbes, quanto às informações divulgadas em nota no mês passado. Para Graciele, os esclarecimentos não agradaram a comunidade.
“Ela estava na platéia e cobramos um posicionamento porque a coordenação é feita para representar os estudantes e não o reitor. Sentimos que não podemos contar com a coordenação”, ponderou a presidente do DCE. Nesta terça-feira os estudantes devem se reunir com os vereadores. Amanhã professores terão uma nova assembleia pela qual também se posicionarão.
Recentemente, deputados estaduais aprovaram o requerimento de autoria do deputado Alexandre Cesar que denuncia o reitor da Unemat, Taisir Karim, por prática de crime de responsabilidade. De acordo com o documento o crime tem previsão na Lei nº 1.079/50 e no artigo 28 da Constituição Estadual. O requerimento pode deflagrar um processo para a impugnação de mandato, o também conhecido impeachment.
A assembleia instituirá uma comissão especial de averiguação que definirá os procedimentos a serem adotados.