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Arquivos inéditos da obra do marechal Rondon serão mostrados para estudantes em Mato Grosso

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Detalhes da trajetória de um pioneiro mato-grossense com grande influência histórica no país, contados com arquivos inéditos em fotos e filmes de expedições que envolviam biologia, geografia, sociologia e antropologia do Cerrado e Amazônia brasileiros. Essa é parte da biografia do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon apresentada a estudantes de escolas estaduais por meio do projeto “Rondon nas escolas”.

O projeto lançado, ontem, na escola estadual Santa Claudina, no Distrito de Mimoso, em Santo Antônio do Leverger, integra as comemorações do ano de marechal Rondon, considerado o Patrono das Comunicações no Brasil. A lei que estabelece a comemoração foi sancionada pelo governador Pedro Taques em abril, se dá em razão da celebração dos 150 anos de Rondon, que nasceu em 05 de maio de 1865.

O projeto é a apresentado pelo jornalista e cineasta Cacá de Souza, que introduz os estudantes ao tema com uma palestra, seguida da exibição dos documentários "Roosevelt Rondon, a Expedição" (1998) e “Rondon e a Cartografia” (2011) produzidos por Cacá, que pesquisou a vida e obra do marechal.

“Eu vou contar a história de uma criança negra e pobre, no qual a escola fez a diferença na vida dela”, relata o jornalista que completa: “Rondon ficou órfão aos dois anos quando a mãe morreu, o pai já havia falecido antes mesmo dele nascer. Que futuro esse menino teria? Mas até hoje ele é o único brasileiro indicado duas vezes ao Prêmio Nobel, e é o mais famoso cientista brasileiro no exterior”.

A escola Santa Claudina foi escolhida para receber o lançamento do projeto, pois foi lá que a história de Rondon começou. Fundada em 1948, a escola está também no mesmo local onde residiram e estão sepultados os pais do marechal. Os fatos históricos são representados por obeliscos construídos no jardim da escola. A unidade escolar em Mimoso atende cerca de 300 alunos de ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos (EJA), na sede, e em duas salas anexas, nas localidades vizinhas de Porto de Fora e comunidade Água Branca.

Entre os jovens que assistiram a apresentação durante essa segunda-feira está Ana Caroline de Souza Brandão, 11 anos, que diz compreendeu melhor a história de Rondon após a programação. “Eu sabia que ele era um homem importante, mas não entendia bem o porquê. Hoje eu descobri que a mãe dele era indígena do povo Terena e que ele fez o primeiro mapa de Mato Grosso”, explica a estudante.

“O pioneirismo científico no contato com a fauna, a flora e os indígenas, e a documentação de fotografias e filmagens dos trabalhos desenvolvidos são alguns dos aspectos que tornam ele um personagem único na história do país. E o trabalho dele é tão grandioso que percebo no contato com os estudantes que eles o enxergam parecido ao personagem Indiana Jones”, comenta Cacá Souza.

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