A presidente da sub-sede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) em Sinop, professora Maria Aparecida Lopes, disse, ao Só Notícias, que esta tarde, em assembleia, a categoria vai decidir se acata a decisão judicial que determina o fim da greve ou se os professores permanecem fora da sala de aula cobrando seus direitos.
“Fizemos uma reunião esta manhã, inclusive com a presença de diretores de escolas, o que é muito importante para nós, para termos um termômetro da greve, e a assembleia vai definir se estamos fortes para continuar”, declarou. A educadora disse que o sindicato ainda não foi notificado da decisão liminar da desembargadora Helena Ramos, que, ontem, considerou a greve abusiva e que determinou o retorno imediato às salas de aula sob pena de multa diária de R$ 10 mil, mas que já leu a decisão pela internet. Maria disse ter estranhado a emissão de uma decisão tão rápida e fez críticas.
“Quando um cidadão precisa de uma liminar para ser internado num caso urgente de saúde há uma demora exagerada, mas quando é para tirar o direito de um trabalhador adquirido por lei, a decisão sai em uma hora e pouco. É muito rápido e estranho”, protestou.
A imposição de multa de R$ 10 mil por dia não é um problema para o sindicato, segundo Maria. “Não é a primeira decisão judicial com multa. Isso não tira nosso direito e o sindicato sempre consegue reverter e nunca pagamos uma multa”, declarou.
Os servidores cobram alteração da jornada de trabalho de professores e técnicos, o que já é garantido por lei, regulamentação definitiva da jornada do apoio administrativo educacional, reajuste para os profissionais de apoio e técnicos administrativos educacional em 4,77%, inclusão dos motoristas na carreira da Educação e alteração dos coeficientes das tabelas de apoio e técnicos a partir da formação de nível médio profissionalizado.
A prefeita marcou uma reunião com os professores para o dia 27.