A taxa de analfabetismo funcional em pessoas com 15 anos ou mais em Mato Grosso reduziu, em quatro anos, segundo análise do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea), divulgada nesta quinta-feira. Entre 2004 e 2009 o percentual de pessoas com mais de quatro anos de estudo passou de 14,2% para 11,9%. Pertencem à categoria de funcionais aqueles que sabem ler e escrever e têm conhecimento rudimentar da língua. No entanto, não conseguem entender ou mesmo contextualizar o texto.
O analfabeto funcional é diferente do analfabeto convencional, pois a este último grupo pertencem os cidadãos que não conseguem ler e escrever um bilhete simples porque não tiveram contato com o meio educacional. Em Mato Grosso, conforme o Ipea, o número de analfabetos funcionais em 2009 era de 272,2 mil pessoas, num universo de 2,2 milhões de habitantes. Em 2004, quando a população era de pouco mais de 1,9 milhão, havia 279,8 mil analfabetos funcionais com 15 anos ou mais.
Dos 272 mil analfabetos funcionais residentes em Mato Grosso com a referida faixa etária, 76,2 mil residem na área rural e 195,9 mil no meio urbano. A taxa de analfabetismo funcional rural foi de 21% em 2004 para 18% em 2009. No cenário urbano os índices também apresentaram queda, passando de 12,1% para 10,5% no período analisado.
Embora a taxa de analfabetismo funcional tenha apresentado queda ao longo de quatro anos em Mato Grosso, o Instituto de Pesquisas Aplicadas aponta que a unidade federativa possui o segundo maior percentual de funcionais quando observados os números dos demais Estados membros do Centro-Oeste. A maior taxa de analfabetismo localiza-se no Mato Grosso do Sul (12,9%). Em Goiás o percentual chega a 11,1% e, no Distrito Federal, a 5,5%, sendo essa menor verificada no Brasil.