Os alunos Nicole Conceição, Vitória Cruz e Guilherme Figueiredo do segundo ano do ensino médio, da escola estadual Coronel Rafael de Siqueira, são semifinalistas da 8° edição do concurso “Solve for Tomorrow”, promovido por uma empresa de telefonia móvel. Orientados pela professora de física, Hozana Donatila Delgado, em parceria com o professor Eduardo Vinícius Rocha Pires, os estudantes criaram um projeto que visa monitorar as mudanças climáticas causadas pelo fogo, em Chapada dos Guimarães (70 quilômetros de Cuiabá).
A ideia para o projeto surgiu durante a inscrição para a 1ª Olimpíada Brasileira de Satélites. A professora Hozana inscreveu os alunos no evento. “Para participar nós deveríamos propor a missão de um CubeSat, formamos uma equipe e esses alunos começaram as pesquisas. A única coisa que eu orientei foi que eles pensassem em contemplar a região de Mato Grosso. Então, eles pensaram na própria Chapada dos Guimarães, que é onde a gente mora”, relata a educadora.
Os alunos conquistaram o 2° lugar no estado e foram premiados com um CubeSat, satélite miniaturizado de baixo custo, que é utilizado para pesquisas espaciais e comunicações radioamadoras. Intitulado como “Less fire, more life”, que em tradução literal significa “Menos fogo, mais vida”, a proposta tem como objetivo principal analisar as mudanças climáticas, provocadas pelas queimadas, na região de Chapada dos Guimarães e foi inscrita no concurso.
“O nanossatélite vem com certos sensores que conseguem coletar alguns dados, como a umidade, temperatura, pressão atmosférica, o CO2. Coletando esses dados por vários dias ou várias horas, ele consegue ver uma certa variação e se, por exemplo, essa temperatura está muito elevada. Nosso objetivo é criar um aplicativo que envie um sinal de alerta e as pessoas que tiverem o código ou acessarem esse aplicativo serão notificadas sobre essa elevação ”, explica Hozana.
Delgado ressalta que a iniciativa desperta nos estudantes o interesse pela ciência e torna a aprendizagem mais significativa. Para Vitória Cruz, de 16 anos, integrante da equipe, todo o processo para chegar à semifinal foi enriquecedor. “Para mim e para minha equipe o processo foi de muita pesquisa e muito estudo. O modo como cada orientador nosso nos recepciona ao nos ver nos abastece de forças, de encorajamento. Isso me marcou nesse momento lindo que estamos vivenciando”.
A aluna afirma que ficou surpresa quando soube do resultado, mas a felicidade foi ainda maior. “A expectativa para a divulgação dos projetos finalistas é grande, mas estamos muito felizes por ter chegado até as semifinais”, conclui a estudante.
A iniciativa Solve for Tomorrow está presente em mais de 20 países e estimula os estudantes de escolas da rede pública de ensino a identificarem e solucionarem problemas sociais por meio da ciência e da tecnologia. É a segunda vez que o concurso está sendo realizado totalmente remoto.
As informações são da assessoria do governo do Estado.