Os servidores municipais da Educação que estavam em greve, decidiram, esta tarde, em assembleia, encerrar a greve -iniciada quinta-feira passada-. Os professores e demais funcionários voltam a trabalhar amanhã e manterão o 'estado de greve' para continuar nas negociações com a prefeitura. A presidente do Sintep em Lucas, Tania Jorra, expôs que a categoria conseguiu a mudança da data base (sendo antecipada de maio para janeiro) e continuará reivindicado 6,8% de reposição salarial. A prefeitura concedeu 3,3% retroativos a maio.
A categoria também quer que todos os trabalhadores sejam inseridos no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Educação, que está sendo elaborado por uma comissão.
A paralisação terminou após o desembargador Luiz Carlos da Costa conceder liminar, a pedido da prefeitura, e considerar a greve abusiva e determinar que os profissionais voltassem ao trabalho. Após várias negociações, a prefeitura decidiu que teria caixa para bancar 3,3% de reposição geral anual (RGA). O projeto foi enviado à câmara, mas a oposição ao prefeito rejeitou e cobrava que o percentual fosse maior. Binotti e a equipe econômica mantiveram posicionamento que a concessão de percentual acima de 3,3% traria sério risco de desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal sobre limite de gastos com pessoal. Com a rejeição do projeto por parte dos vereadores, havia possibilidade dos servidores ficarem seu reajuste geral anual se um novo projeto não fosse apresentado. Inicialmente, a câmara ensaiou recuo e que votaria o projeto. Mas nãop votou. O prefeito Binotti fez duros ataques ao presidente, Mano da Saúde, acusando-o de articular a reprovação para prejudicar sua gestão. Em seguida, a prefeitura encaminhou outro projeto, mantendo os mesmos 3,3% de reposição e, os vereadores acabaram aprovando o projeto por unanimidade.
O Sintep manteve posicionamento de continuar cobrando 6,81% e iniciou a greve. Houve protestos em frente a prefeitura após a decisão da justiça em considerar o movimento abusivo.
(Atualizada às 19:06h)