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Zoneamento da Cana e moratória da carne afetarão economia de MT

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Os produtores rurais de Mato Grosso estão apreesivos com as medidas governamentais. Eles alertam que o zoneamento da cana-de-açúcar e a "moratória da carne" deverão causar duros impactos na economia de Mato Grosso, inclusive na própria oferta de emprego. Eles recorreram mais uma vez ao braço político para tentar encontrar saídas para a situação. Nesta terça-feira, dia 6, acontecerá uma audiência pública na Assembléia Legislativa, convocada pelo deputado José Riva (PP), para discutir os aspectos da medida.

O Zoneamento da Cana, projeto de lei apresentado recentemente no Congresso Nacional, proíbe o cultivo nos biomas da Amazônia e Cerrado. A assinatura de um termo por parte do governador Blairo Maggi, com o três maiores grupos frigoríficos do Brasil, onde será acordado que nenhuma das empresas vai comercializar carne bovina vinda de região desmatada ou área de preservação ambiental.

Esse documento será assinado nesta segunda-feira, às 10 h, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) com os grupos JBS Friboi, Bertin Frigoríficos e A Marfrig. O vice-presidente da Famato, Normando Corral, admite que a classe produtora está receosa de outras restrições estarem a caminho. "Temos já o problema com a carne e a cana. Mas utilizar o princípio econômico que impede, propicia o desaparecimento da atividade", afirmou Corral. Na opinião do presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, o estado mato-grossense já possui problemas com logística e as restrições vão provocar queda no volume da produção. "Se não tiver escala de produção, ninguém vai investir em logística. Mato Grosso está sendo servindo como moeda de troca", disparou Glauber.

Para o presidente José Riva, o estado está prestes a aprovar o Zoneamento Sócio-Econômico Ecológico (ZSEE), mas que poderá logo ser invalidado, mediantes as ações do governo. "O que parece é que o zoneamento será feito por segmento. Como dissemos primeiro foi a cana. Agora, já teremos este problema com a carne. A sociedade tem que se manifestar e a Assembleia não vai sucumbir diante disso ", declarou o presidente ao defender a mobilização de todas as entidades representativas da classe produtora. O deputado chega a admitir que o governador até poderia assinar o termo da moratória da carne. "Mas não nessas condições. Isso coloca a maioria dos pecuaristas em uma situação complicada", completa Riva.

O presidente das Indústrias Sucroalcooleira (Sindalcool), Jorge dos Santos afirma que ainda não é possível calcular o impacto na produção, mas argumenta que quanto maiores forem as restrições, maiores os prejuízos que, quase exclusivamente, atingem o estado mato-grossense. Por ano, o estado cultiva 240 mil hectares, gera 20 mil empregos com uma capacidade de produção de 800 milhões de litro de álcool e 450 mil toneladas de cana. "Na região onde estamos há 26 anos, nunca criamos nenhum incidente ambiental que possa nos impedir de produzir", afirmou dos Santos.

Uma alternativa apontada também é a aprovação do Zoneamento Ecológico. "É uma barreira comercial. Por isso, temos que votar o zoneamento nem que seja para fazermos um contraponto", apontou Riva. Na oportunidade, o deputado Alexandre César (PT), relator da Comissão do ZSEE, adiantou que na próxima semana finaliza o relatório do projeto. "Conversamos com cada segmento, cada setor para fazermos os ajustes necessários. Ainda precisamos de novos mapas, pois houve mudanças da categoria 2 para 1, que são as áreas consolidadas", explicou o César.

O presidente da Comissão do Zoneamento, deputado Dilceu Dal Bosco (DEM), disse que atitude do Governo Federal mais uma vez prejudica a economia do estado. "Parece que o nosso estado virou moeda de troca", salientou o parlamentar. Também participaram da reunião os representantes da Acrimat, Ampa e Imea.

 

 

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