A inadimplência dos consumidores brasileiros teve queda de 3,3% de dezembro para janeiro, interrompendo uma sequência de oito meses de alta. A pesquisa Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor aponta, no entanto, que, em relação a janeiro de 2010, a taxa subiu 24,8%, a maior variação nesse tipo de comparação desde 2002.
Por meio de nota, a Serasa explica que essa elevação é "resultado da expansão do endividamento dos consumidores, que cresceu acentuadamente durante todo o ano passado". Mas os analistas econômicos da empresa avaliam que a inadimplência já está sob controle.
A melhora do quadro de inadimplência de dezembro para janeiro foi puxada, principalmente, por uma queda na emissão de cheques sem fundo (-13,4%), seguida pelas redução das dívidas com os bancos (-1,7%), dos débitos com companhias não bancárias (administradoras de cartões de crédito, financeiras, lojas e prestadoras de serviços como empresas de fornecimento de energia elétrica e água), com um recuo de 1,6%, e dos títulos protestados (-13,1%).
À exceção do valor médio das dívidas contraídas com os bancos, que caiu 8,2%, passando de R$ 1.395,96 para R$ 1.281,12, as demais modalidades apresentaram avanços na comparação entre janeiro do ano passado e o mesmo mês deste ano. A maior alta, de 13,3%, refere-se aos títulos protestados (R$ 1.170,09). As dívidas não bancárias subiram da média de R$ 370,55 para R$ 396,77, com aumento de 7,1%, e os cheques sem fundo, de R$ 1.164,53 para R$ 1.245,34.