As vendas pela internet em Mato Grosso cresceram 56% em 2007 na comparação com o ano anterior. No ano passado as compras no comércio eletrônico realizadas pelos consumidores do Estado totalizaram R$ 103 milhões contra R$ 66 milhões durante os 12 meses de 2006. No país, as vendas eletrônicas resultaram em um faturamento de R$ 6,3 bilhões o que equivale a uma alta de 43,1% sobre o montante negociado no ano anterior, quando somou R$ 4,4 bilhões.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela empresa de pesquisa e marketing on-line E-bit, e indicam que a participação mato-grossense no e-commerce brasileiro passou de 1,5% no bolo total do país em 2006 para 1,63% no ano passado. Entre os produtos mais adquiridos pelo meio estão livros, DVDs, CDs, eletroeletrônicos, portáteis, equipamentos de informática. O crescimento verificado em Mato Grosso na variação anual é resultado de maior acesso à informática e internet por parte dos consumidores, já que em cidades do interior onde já demanda mais não existem shoppings, por exemplo. E a tendência é que anualmente a receita resultante do comércio pela rede mundial de computadores aumente ainda mais.
Para o presidente em exercício da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio-MT), Hermes Martins, o aumento gradativo de consumidores que aderem às compras eletrônicas é fato e o comércio varejista físico deve estar atento às mudanças do mercado. Ele avalia que a procura pelas compras na internet oferecem comodidade e facilidades para o consumidores que na frente de um computador, em casa ou no trabalho, pode comprar qualquer produto em uma variedade de lojas, que oferecem os mais diversos produtos.
Na análise de Martins, o ponto negativo do comércio eletrônico é na arrecadação dos impostos, a exemplo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o Estado, e também reflete na geração de emprego e renda, já que não existe um vendedor para intermediar a compra. “Estas lojas eletrônicas estão concentradas no eixo São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Mas não podemos deixar de considerar que este é um dos efeitos da globalização”. O presidente da entidade afirma ainda que, em uma negociação problemática, como produto com defeito, a reclamação fica difícil e mais complicada para ser solucionada.