As vendas do comércio varejista nacional cresceram em fevereiro 1,5% em relação ao desempenho de janeiro. Foi o segundo resultado positivo depois de três meses de taxas negativas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação os dados de fevereiro do ano passado, as vendas do varejo aumentaram 3,8%, puxadas, principalmente pelo setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que cresceu 5,6% e foi responsável por 74% da taxa global.
Das dez atividades abrangidas pela Pesquisa Mensal de Comércio, sete tiveram alta no volume de vendas em fevereiro na comparação com o de janeiro. Em relação ao de fevereiro de 2008, os resultados positivos foram registrados em oito dos dez setores pesquisados.
Na avaliação do técnico do IBGE responsável pela pesquisa, Reinaldo Pereira, o comércio varejista do país tem resistido à crise financeira internacional em função da manutenção do poder de compra da população com os atuais níveis de emprego, o que, para ele, decorre do aumento da massa real do salário, de 6,2% sobre fevereiro do ano passado, de acordo com o estudo.
Pereira lembrou que mesmo com todas as restrições ao crédito essa variável continua sendo forte para a economia, pois o consumidor não deixou de comprar a prazo.
Na comparação com o desempenho de janeiro, os setores que se destacaram no volume de vendas foram de veículos e motos, partes e peças (4,6%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,3%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4%); e material de construção (3,8%).
O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 2,9%; e o de combustíveis e lubrificantes, 2,7%. Em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, a alta foi de 1,9%.
Com resultados negativos aparecem os setores de tecidos, vestuário e calçados (-1,1%); móveis e eletrodomésticos (-1,2%); e livros, jornais, revistas e papelaria (-9,1%) na comparação com os números referentes a fevereiro do ano passado.
Nesse tipo de comparação, as maiores vendas ocorreram em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,5%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (12%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (11,3%). A queda nas vendas foi registrada em móveis e eletrodomésticos (-2,1%) e em tecidos, vestuário e calçados (-6,9%)