sexta-feira, 13/dezembro/2024
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Vendas de materiais de construção aumentam 11% em Mato Grosso

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As vendas estaduais de materiais de construção subiram 11% em fevereiro deste ano em comparação com o mesmo mês de 2008. Os dados da Associação do Comércio Varejista de Material de Construção de Mato Grosso (Acomac-MT) colocam o Estado mais uma vez em sentido oposto ao movimento de retração sentido no restante do país. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), houve queda de 21,38% nas vendas brasileiras na comparação com fevereiro do ano passado.

“Existem fatores que influenciam uma queda normal na venda de materiais de construção neste período. A comercialização é muito boa até dezembro. As pessoas terminam suas obras, reformam suas casas para virar o ano”, informou o presidente da Acomac-MT, Wenceslau Souza Júnior. “Se for comparar janeiro com dezembro deve dar uma queda na ordem de 18% a 20%, isso é normal, mas em janeiro deste ano as vendas foram 12% maiores com relação a janeiro do ano passado”.

Para Luiz Carlos Richter, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Mato Grosso (Sinduscon-MT), os números positivos para o consumo de cimento nos primeiros meses de 2009 revelam que o mercado está aquecido. “O cimento é um elemento que serve de referência porque quando se compra cimento há também a compra de outros materiais complementares”, informou. “Houve uma redução normal, mas não significativa, considerando que o início do ano é também período de chuvas que influenciam o andamento das obras”.

O proprietário da loja Moinho Material de Construção, Antônio Vicente Arruda, sentiu retração no mercado, principalmente em fevereiro e março e, além do período chuvoso e culpa o preço do cimento pela diminuição nas vendas de seu estabelecimento. “A cobrança pesada de impostos não permite que haja uma redução do preço na ponta. Nós compramos caro e temos que revender caro”, observou.

No país – Segundo os cálculos da Abramat as vendas internas de materiais de construção recuaram 8,55% em fevereiro em relação a janeiro. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, as vendas domésticas de materiais acumulam retração de 18,47%. Para o cálculo, foi considerado o faturamento deflacionado das vendas internas de materiais.

Em nota, a Abramat informou que o faturamento em fevereiro abaixo do registrado em janeiro pode ser explicado pelo menor número de dias úteis no segundo mês do ano. Já a redução ante o mesmo mês de 2008 aponta que as vendas de materiais têm refletido os efeitos da crise econômica internacional. As vendas de materiais básicos em fevereiro caíram 11,59% na comparação com janeiro e 24,11% em relação a fevereiro do ano passado. Nos materiais de acabamento, foi registrada queda de 2,28% ante janeiro e de 15,72% ante fevereiro de 2008. A Abramat informou também que o número de funcionários da indústria de materiais ficou estável em fevereiro ante janeiro.

Imposto – O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Melvyn Fox, afirmou que a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de materiais de construção é a principal saída para reativar o segmento. Segundo Fox, a queda na venda de materiais em fevereiro demonstra que a desoneração é uma necessidade. “Foi o quarto mês consecutivo de queda das vendas de materiais. O setor investiu muito nos últimos dois anos, e agora fica na expectativa de um plano de ações do governo, que é adiado sistematicamente”.

No início da semana passada o ministro da Fazenda, Guido Mantega, divulgou que não haverá desoneração do IPI para os itens do segmento.

Na opinião do presidente da Acomac-MT a isenção do IPI foi uma promessa não cumprida por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O mercado estava ansioso por isso”, ressaltou. No entanto, Wenceslau Júnior observou que esta é uma medida com impactos apenas a longo prazo. “O lojista já tem mercadoria com imposto antigo e só veríamos algum resultado dentro de pelo menos três a quatro meses”.

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