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Vazio sanitário da soja inicia amanhã em Mato Grosso

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Os produtores mato-grossenses estarão proibidos de plantar soja a partir de amanhã, quando inicia o período denominado vazio sanitário. A duração da restrição é de 90 dias e visa eliminar todas as plantas de soja como forma de evitar que o fungo causador da ferrugem asiática se prolifere e multiplique pelas lavouras subsequentes.

Neste período não é permitida a existência de plantas vivas de soja em áreas sob sistema de irrigação, em áreas de cultivo tradicional ou qualquer outra modalidade de cultivo. Por meio da assessoria de imprensa, o supervisor de campo da Aprosoja, agrônomo Rodrigo Fenner, explicou que com o período proibitivo é interrompido o ciclo do fungo hospedeiro da ferrugem asiática, principal doença fúngica que ataca a soja no Cerrado. Ele explicou que os produtores não podem manter plantas vivas em suas propriedades. As mesmas devem ser eliminadas com produtos químicos ou outro meio.

Segundo informações do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), as unidades regionais já estão se preparando para as fiscalizações nesse período. Já foi realizado o levantamento de plantadas da soja, objetivando a fiscalização. Somente são autorizados os plantios da oleaginosa nesse período, para fins de pesquisa, mas com rigoroso controle. O produtor que não obedecer ao vazio estará sujeito ao pagamento de multas.

Conforme determinação do Indea, ficam os proprietários, arrendatários ou detentores a qualquer título de áreas cultivadas com soja sob sistema de irrigação ou não, obrigados a eliminarem as plantas vivas de soja “cultivadas” ou “guaxas” em áreas de seu domínio, imediatamente antes do período de “vazio sanitário”, inclusive, as “plantas vivas” de soja ao redor de seus armazéns e à beira das estradas dentro da área de seu domínio.

A ferrugem da soja também conhecida como ferrugem asiática é uma doença causada por fungos. Os primeiros sintomas se manifestam nas folhas com o aparecimento de minúsculos pontos escuros. Posteriormente ao aparecimento das lesões ocorre a desfolha da planta que evita a formação dos grãos com redução da produtividade. O desenvolvimento da doença é extremamente rápido e ela se espalha com facilidade pelo vento e causa grandes prejuízos à produção.

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