A instalação de uma usina de reciclagem no pólo de Alta Floresta, pela multinacional italiana Promeco, pode solucionar um grande problema enfrentado por indústrias madeireiras da região. Há alguns meses, o setor estuda meios para destinar os resíduos de madeira, reduzindo a poluição do meio ambiente com a queima e estocagem em locais abertos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso (Simenorte), Lindomar Elias Dela Justina, o maior problema enfrentado pelo setor é a destinação do produto após a reciclagem. “Temos que saber o que fazer com os restos de madeira, já que teremos custos”, disse.
Pelo projeto, a usina utilizará os resíduos para a produção de carbono e energia que poderão ser comercializados entre os próprios municípios, gerando receita para o pagamento das parcelas do financiamento de até 10 anos. Orçada em 14 milhões de Euros, a unidade poderá ser financiada pelo consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social do Vale do Teles Pires (CIDVAT), atendendo, além de Alta Floresta, Apiacás, Nova Bandeirantes e Nova Monte Verde.
O reaproveitamento dos resíduos também foi exigido das cerca de 100 indústrias madeireiras que atuam na região de Alta Floresta, podendo resultar em penalidades caso não seja cumprida.