segunda-feira, 16/setembro/2024
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Trabalhadores de usina de álcool e açucar em MT entram em greve

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Trabalhadores da Usinas Itamaraty, em Nova Olímpia (207 Km a médio-norte de Cuiabá) deflagraram greve na manhã desta segunda (11) após sete reuniões de negociação entre patrões e empregados, todas fracassadas, em busca de reajuste salarial. Apesar da reivindicação inicial de 17% para reparar as perdas inflacionárias dos últimos 3 anos mais 3% de reajuste salarial, ter baixado para 7% na última negociação intermediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), não houve acordo com a diretoria da empresa que comporta atualmente 680 trabalhadores na área de produção.

É a primeira vez que os funcionários deflagram greve em busca de negociação. Contudo, o diretor-presidente da usina, Sylvio Nóbrega Coutinho, afirmou que a produção estava normalizada funcionando em 100%. O menor salário na usina firmado em acordo coletivo com a categoria trabalhista é de R$ 750. A empresa produz diariamente 1,5 mil metros cúbicos de etanol e 2 mil toneladas de açúcar.

No final da tarde de segunda-feira, representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Fabricação de Álcool (Sintialcool) ainda se encontravam na frente a usina, juntamente com cerca de 80% dos funcionários dos turnos da manhã e da tarde. O intuito era conversar com os trabalhadores que entram no serviço à 0h para uma maior adesão à greve. Outro grupo de trabalhadores do polo de empacotamento do açúcar localizado no Distrito de Açari, em Barra do Bugres, também deve receber a visita dos sindicalistas nesta terça-feira (12) para aderir ao movimento grevista.

Presidente do sindicato, Jacil Benedito de Ambrósio também denunciou que parte dos trabalhadores noturnos estava sendo mantida nos postos de trabalho sob pressão pela empresa, a fim de manter a produção. “Parte dos trabalhadores tiveram que trabalhar por 24h consecutivas. Estamos preocupados com a possibilidade de aumento nos acidentes de trabalho, pois os operários se encontram há muitas horas sem dormir. Eles estão sofrendo pressão para não deixar a fábrica, inclusive com ameaça de perda de emprego”, comentou.

Conforme o sindicalista, no início das negociações os trabalhadores reivindicavam 17% mais 3% de reajuste salarial e a empresa ofereceu 6% para quem tem faixa salarial de até R$ 2.5 mil e 5.5% para quem ganha acima disso. A proposta foi rejeitada pelos trabalhadores, que baixaram para 8% o pedido de reajuste para todas as faixas salariais. “A empresa alega dificuldades para conceder o reajuste. Mas os trabalhadores já esperaram muito e por isso decidiram cruzar os braços”, enfatiza Ambrósio. Ele explica ainda que o último encontro ocorreu na sexta-feira (8) com a mediação da auditora fiscal do Trabalho, Marilete Mulinari Girardi, que sugeriu reajuste de 7% sobre os salários, proposta que foi aceita pelos trabalhadores, mas não pela empresa.

Outro lado
Por telefone, o diretor-presidente da Itamaraty, Sylvio Nóbrega Coutinho, afirmou que a produção estava funcionando em 100% de sua capacidade. Disse que desconhecia qualquer greve de trabalhadores e afirmou que a negociação está em andamento sendo intermediada pelo Ministério Público do Trabalho. Negou também que parte dos funcionários foram obrigados a trabalhar dobrado dizendo que a empresa prega a democracia, ou seja, não obriga ninguém a trabalhar contra sua vontade.

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