Relatório de auditoria produzido pela Controladoria Geral do Estado (CGE) indica que o governo de Mato Grosso economizou R$ 54,6 milhões nas despesas de custeio de abril a julho, período de realização de teletrabalho devido a pandemia do coronavírus. O montante de economia leva em conta a comparação com as despesas no mesmo período de 2019 e a tendência de crescimento dos gastos com de janeiro a março deste ano.
Foram R$ 73,7 milhões de despesas comuns a todos os órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual e diretamente impactadas pela modalidade de teletrabalho, a exemplo de gastos com serviços de terceiros, locação de mão-de-obra, material de consumo, diária e passagens e despesas com locomoção.
Segundo a controladoria, as despesas de custeio vinham de um histórico de ascensão nos meses de janeiro a março passado, se comparadas com o mesmo período do ano anterior, na ordem de 38,91%. Caso essa tendência se confirmasse nos meses de abril a julho, as despesas de custeio teriam aumentado para R$ 128, 3 milhões. Com isso, na análise da CGE, “a comparação dessa estimativa com o volume efetivo de despesas registradas demonstra, dessa forma, uma economia de R$ 54,6 milhões.
Na comparação com abril a julho de 2019, as despesas de custeio tiveram retração de R$ 18,6 milhões durante o teletrabalho. A CGE analisou também o impacto de uma eventual ampliação do home office até dezembro considerando a redução efetiva das despesas de abril a julho deste ano na comparação com igual período de 2019. “Segundo a média mensal de economia do período, que foi de R$ 4,6 milhões é possível estimar a possibilidade média de economia para o período compreendido entre agosto e dezembro de 2020 em R$ 23,3 milhões”.
Com isso, ao computar a retração de despesas já alcançada no período de abril a julho, a economia total, no ano de 2020, com a implementação do home office, somaria R$ 42 milhões, informa a secretaria adjunta de Comunicação.