O Procon registrou 20.123 atendimentos no ano passado em todo o Estado, sendo 10.178 encaminhamentos foram dados por telefone e outras 9.945 reclamações formais. Entre os processos, o setor de ‘serviços essenciais’ foi o campeão de registros, com 33,62% (3.344). Os já informatizados Procons municipais de Rondonópolis, com um total de 4.604 reclamações, e Campo Novo do Parecis, com 546, mantiveram a mesma ordem do ranking estadual.
Os consumidores reclamam de cobranças indevidas e abusivas dos ‘serviços essenciais’ oferecidos pelos fornecedores. Pelo segundo ano consecutivo, telefonia celular é o mais reclamado do setor com 2.439 registros. Telefonia fixa, água/esgoto e energia elétrica vêm, respectivamente, com 1.703, 664 e 575 reclamações.
Em segundo lugar, porém muito próximo do primeiro colocado, está o setor de ‘produtos’, com 33,44% (3.326) dos registros. Por defeito e não cumprimento da garantia, o aparelho de telefone (móvel ou fixo) foi alvo de 2.270 reclamações. Também por não respeitar o prazo de garantia, os computadores (389), móveis para quarto (341) e aparelhos de DVD (333) e TV (278) vêm em seguida.
‘Assuntos inanceiros’ ocupa a terceira colocação com 21,18% (2.106) queixas. A maioria dos consumidores reivindica cobranças indevidas e abusivas dos bancos comerciais, que lideram o setor com 1.156 registros. Os cartões de crédito (992), outros contratos (373) e as financeiras (352) também foram reclamados pelos mesmos motivos. Neste ano, por desistência do contrato, os consumidores abriram 228 e 131 reclamações contra os consórcios de automóveis e moto, respectivamente.
Com 9,53% % (948), o setor de ‘serviços privados’ está em quarto lugar no ranking do Procon-MT. As escolas de 1º e 2º grau e de ensino superior são as mais reclamadas do setor com 275 registros pelo não fornecimento de documentos. Os estabelecimentos comerciais (159) são alvos de queixas no órgão por cobranças indevidas e abusivas, os despachantes (134), por não concluir o serviço, e as agências de viagens (102), pelo extravio de bagagens.
O setor de ‘saúde’ aparece em quinto, com 2,0% (199) dos registros. Os consumidores reclamam pelo não cumprimento da oferta proposta em contrato pelos convênios e planos de assistência médica e odontológica (107). Aqueles que reclamam dos planos de saúde (104) e dos planos odontológicos (79) alegam, ainda, a negativa da cobertura.
Na sexta e sétima posições do ranking estão os setores de ‘habitação’ e ‘alimentos’ com, respectivamente, 0,12% (12) e 0,1% (10) das reclamações. Por rescisão contratual, não devolução do sinal pago e descumprimento de contrato, os loteamentos (08) são os mais reclamados no setor de ‘aabitação’. Já no setor de ‘alimentos’, os restaurantes (03) e os supermercados (02) são os mais reclamados pelos consumidores, respectivamente, pelo não fornecimento do contra vale e por publicidade enganosa.