As tarifas cobradas pelos bancos brasileiros tiveram, entre 2001 e 1006, aumento de 384%. A alta foi muito superior à inflação do período, que ficou em 50,6% nos cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo levantamento feito pelo vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, ouvido pelo jornal O Estado de S. Paulo, de cada dez tarifas cobradas pelos bancos, nove tiveram aumento muito acima da inflação.
Os aumentos explicam, em parte, os lucros recordes dos bancos nos últimos anos. Em 2002, essas tarifas representavam 9% da receita do sistema financeiro. Em 2006, essa porcentagem já é de 14%. O crescimento das receitas de serviços, que chegou a 122,04% entre 2000 e 2005, é decorrente também do maior número de clientes e da cobrança de novos serviços.
Tarifas aumentaram até 49.000%
O avanço no bolso do cliente chegou a 49.000%, caso da tarifa de substituição de garantia do Banco do Brasil, que subiu de R$ 0,30 para R$ 150. A maior tarifa de serviços é cobrada para rescisão contratual do crédito, que ultrapassa os R$ 470.
O estudo considerou as as tarifas cobradas de pessoa física das 13 principais instituições financeiras do País.