Mais de 250 mil pessoas serão atingidas pelo aumento da passagem de ônibus em Cuiabá e Várzea Grande. O reajuste foi de aproximadamente 8%, passando de R$ 2,50 para R$ 2,70 a tarifa na Capital. Já em Várzea Grande, onde eram cobrados R$ 2,40 por viagem, a tarifa será de R$ 2,60. Os novos preços serão cobrados a partir de domingo (11) em ambas cidades.
O secretário Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU) de Cuiabá, Josemar de Araújo Sobrinho, explica que a compra de 65 ônibus novos para atender as linhas que eram da empresa Princesa do Sol, que faliu no primeiro semestre deste ano, bem como o acordo coletivo de trabalho, que aumentou os salários e reduziu a carga horária dos trabalhadores do sistema, impulsionaram o acréscimo. Também foram colocados no cálculo o valor dos insumos, como pneus e lubrificantes.
Ele explica que técnicos da SMTU fizeram uma planilha baseada em informações dos empresários. Todos os gastos foram computados e chegou-se ao valor de R$ 2,76. A quantia foi analisada pelo Conselho Municipal de Transporte, que aprovou o reajuste para R$ 2,70. O mesmo aumento (R$ 0,20) foi implantado para a passagem em Várzea Grande porque há um interesse das administrações das duas cidades em unificar a tarifa até a Copa de 2014. Sobrinho argumenta que o aumento está dentro do previsto. Apenas a defasagem causa- da pela inflação foi de mais de 6% e ainda há serviços não computados como o Buscar, que custa R$ 50 mil por mês aos empresários, e também a reforma de pontos de ônibus, que geram gasto de R$ 25 mil por mês.
O prefeito de Várzea Grande, Sebastião Gonçalves, afirmou que a mudança dos valores de Cuiabá e Várzea Grande no mesmo período estava acordado desde o ano passado e que R$ 0,20 é um aumento coerente.
Sem investimento – Em Cuiabá existem 348 coletivos e 82 micro-ônibus atuando nas linhas. A quantidade, conforme o prefeito Chico Galindo, atende todos os bairros e não há condições de se exigir novos investimentos das empresas por causa da mudança do sistema de transporte, que vai acontecer até a Copa de 2014.
O secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande, Yênes Magalhães, afirma que com a implantação do modal, no qual está incluindo o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), será criada uma nova forma de gerir o sistema. As empresas não serão mais concorrentes e sim complementares ao VLT. Ele argumenta que se os empresários comprarem ônibus novos serão necessários 7 anos de uso para amortizar o investimento. Isto significa que antes de acabarem de pagar, podem correr o risco de desativá-los pela implantação do VLT na Capital.