O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou ontem (05) a abertura de inquérito contra 15 parlamentares envolvidos na Operação Sanguessuga. A autorização foi dada pelo ministro Gilmar Mendes, que deferiu pedido do Ministério Público Federal (MPF) para continuar as investigações.
O ministro determinou que em 30 dias prestem depoimento todos os parlamentares e outras pessoas citadas como intermediadores do esquema que fraudava licitações de ambulâncias e influenciava emendas parlamentares. Na semana passada o Ministério Público Federal (MPF) no Mato Grosso denunciou 81 pessoas possivelmente ligadas às fraudes.
O MPF-MT estima que a organização criminosa tenha gerado prejuízos de aproximadamente R$ 110 milhões aos cofres púbicos. Parte desse dinheiro era revertida a servidores públicos sob a forma de propina. O esquema, ainda de acordo o MPF, contava com a participação de agentes infiltrados no Congresso Nacional e em cargos de destaque nos ministérios.
Gilmar Mendes pediu que os autos sejam enviados ao diretor da Policia Federal e que os assessores dos parlamentares envolvidos na Operação Sanguessuga sejam identificados e também deponham.
Os 15 inquéritos estão sob segredo de justiça para garantir a eficácia das investigação. A partir de agora, o Supremo Tribunal Federal analisará as atividades do Ministério Público Federal que precisarem de autorização judicial e a Polícia Federal continuará no comando das investigações.