Os investimentos na primeira fase das obras de implantação da rede de esgoto em Sorriso chegam a R$3 milhões. Até 2010 o projeto deve demandar investimentos na ordem de R$22 milhões, para atender de 50 a 60% da cidade. Deste montante, R$18 milhões repassados pelo Governo Federal, e outros R$4 milhões, pela contrapartida da empresa Águas de Sorriso. As condições climáticas provocaram redução no ritmo dos trabalhos, mas não paralisaram os serviços. De acordo com a Águas de Sorriso, as obras concentram-se na abertura de valas para assentamento das tubulações que constituirão as redes de coleta. “A produtividade dos serviços fica bastante prejudicada neste período de elevadas precipitações atmosféricas. Além disso, como o trabalho é com terra há muita formação de barro o que acarreta algumas reclamações dos moradores das localidades que estão sendo atendidas”, declarou, ao Só Notícias, o engenheiro e diretor da empresa, Francisco Mauricio Raposo.
O prazo inicial para que pelo menos 50% da população tenha rede de esgoto encerra no final de 2010. Conforme Raposo, cerca de 23 quilômetros foram executados, superando os 25% da planta. Foram concluídas também as interligações para atendimento de aproximadamente 1,3 mil residências.
A empresa estima que até o final do ano deverão ser concluídos 45 quilômetros de redes, o coletor-tronco da margem direita da área verde, entre 2,5 mil a 3 mil ligações domiciliares que interligarão as residências às redes e a primeira das estações de tratamento, no bairro Benjamim Raizer. O projeto, quando estiver totalmente pronto, contemplará desde ligações básicas até a construção de 5 estações de tratamento de resíduos sólidos e líquidos.
Ainda segundo o diretor, as ligações “permitirão atender entre 10 a 15 mil habitantes com coleta e tratamento adequado, possibilitando a recuperação do subsolo da área, que hoje está ficando saturado pela quantidade de fossas que aí se localizam”. Raposo salienta, no entanto, que as ligações serão efetivadas somente com a conclusão da estação de tratamento.
O investimento são bancados pela empresa porque o governo Federal não liberou os financiamentos por meio da Caixa Econômica e BNDES.