o prefeito Chicão Bedin e o secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Claudio Zancanaro, estiveram ontem no aeroporto, que está sendo construído, às margens da BR-163 e anunciaram a retomada da obra, após a justiça federal resolver o litígio. Agora, o desafio é concluir a obra. Falta terminar a pista, o terminal de embarque e desembarque e a maior dificuldade é a garantia de recursos. "O governo do Estado tem um compromisso de providenciar mais R$ 1 milhão para a pista, mas nós estimamos que serão necessários R$ 3,8 milhões para concluí-la a partir das condições que se encontram", disse Zancanaro. Não foi informado o valor total para terminar, também, o terminal de passageiros.
O prefeito reafirmou o compromisso de concluir o aeroporto, mas explicou que, com a capa asfáltica existente, será possível pousar somente aviões de pequeno porte, como o ATR-42 (com capacidade para 40 passageiros). "Temos que pensar numa aviação regional com aeronaves de pequeno porte, porque para termos grandes aeronaves ou um ponto de rota de aviação de comercial, precisaríamos de um processo maior, uma capa asfáltica com mais 6 centímetros. Isto sem falar na demanda por passageiros, que hoje não é satisfatória. Por isso vamos construir um aeroporto regional, sim, mas de acordo com a nossa realidade", explicou o prefeito. Não foi previsto prazo para as obras serem concluídas.
A prefeitura começa a fazer ajustes e mudanças no projeto. A primeira é com a questão ambiental pois há árvores próximas à cabeceira da pista que atingem cerca de 20 metros. "O projeto que está protocolado na ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) não corresponde ao que esta sendo executado aqui. Precisamos derrubar estas árvores ou, caso contrário, teremos que eliminar pelo menos 500 metros de pista para nos adequar a legislação que diz que para cada metro que aeronave abaixe ela tem que andar 25 metros", detalhou.
Para não perder o que já foi investido na pista, o secretário disse que tentará negociar a aquisição da área anexa com o proprietário e buscará a liberação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente para derrubar essas árvores. "Sem derrubar as árvores, não dá para prosseguir as obras. Por isso, vamos nos certificar na SEMA se isso é viável e depois procuraremos o proprietário para fazer a possível aquisição dessa área ou a cessão", explica.
Depois de resolvida a questão das árvores um outro problema a ser resolvido será a localização do aterro sanitário. "A ANAC já se posicionou com relação ao aterro e já é certo que lá onde ele está não poderá ficar", disse Zancanaro, através da assessoria.