Sorriso poderá ter um novo parque de exposições, com 50 hectares, no final da avenida Blumenau, no bairro Rota do Sol. Pelo menos essa foi a proposta da vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sorriso (Aces), Neiva Dalla Valle, e do vice-presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Elso Pozzobon, apresentada, esta noite, para lideranças políticas e de entidades. O parque atual é a sede do CTG, onde anualmente é realizada a Exporriso – feira agrícola, comercial e industrial. A ideia apresentada é de que a nova área seja dividida em 150 terrenos, sendo que cada um custaria duas mil sacas de soja, sendo que a primeira etapa só seria paga ao proprietário no final da primeira exposição a ser realizada no local.
A previsão é de serem criados espaços para, pelo menos, 250 empresas exporem, durante as feiras, seus produtos. A lucratividade estimada, por ano de exposição, é de R$ 4,5 milhões. Porém, a infraestrutura também exige investimentos. Só a pavimentação custaria R$ 2,5 milhões, a instalação da energia e hidráulica custaria R$ 600 mil e R$ 300 mil, respectivamente.
Após horas de discussões, foi criado o grupo de trabalho para analisar a construção de um novo parque. Quem encabeça é o vice-presidente do Sindicato Rural, Elso Vicente Pozzobon. Os empresários Darcy Ferrarin, Neiva Dalla Valle, Darci Sganderla, Alei Fernandes, Alencar Cella, Valdecir de Rossi, Luiz Borges, Paulo Pereira, Vilmar Crestani, Benedito Concenza, Natal da Silva Rego, Nadir Socolotti e Jonas Stefanello também fazem parte. Eles voltam a se reunir na próxima quarta-feira, às 18h30, no auditório do Sindicato Rural.
O assunto divide opiniões. Leonir Capitaneo, um dos diretores do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Recordando o Pagos, ex-presidente do Sindicato Rural e integrante da comissão organizadora da Exporriso, disse que seria “uma ofensa discutir um novo parque de exposições” sem antes avaliar, junto com a diretoria do CTG, a ampliação do parque atual já que, desde a primeira edição, a feira ocorreu no CTG, que hoje tem 22 hectares. “Acho que nós deveríamos ter conversado antes para discutir a compra de mais áreas próximas ao CTG, porque nós estamos investindo, construímos vários barracões, para pecuária, todos os setores, porém, se existir este novo parque, toda aquela estrutura já montada vai ficar abandonada. Nós sempre dissemos que estamos abertos para discutir ampliação da área, mas nunca ninguém nos procura. E se vocês acham barato este investimento, deveriam rever o conceito, pois se fosse investir no CTG o volume de recursos seria muito menor”, desabafou.
Elso Pozzobon rebateu e disse que ninguém tem “nada contra a área do CTG”. Só acha que o parque deveria ser em um local mais amplo. E que está é apenas uma hipótese a ser discutida, com todos os setores da sociedade e empresários ligados ao agronegócio. “Essa área já estava sendo levantada há tempos, porém, somente no final do ano passado, saiu a liberação para construção no local”.
O empresário Valdecir de Rossi (Taquara) disse que o município é a capital mundial de produção de soja e merece um novo parque.
Além de diretores da Aces e do Sindicato Rural, participaram representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação de Agrônomos, Sindicato dos Trabalhadores, o deputado estadual Mauro Savi (PR), e também empresários como Darci Ferrarin, Darci Sganderla (atual patrão do CTG e presidente da Exporriso), Claudio Zancanaro (ex-secretário de Indústria e Comércio), Pedro Lucion, Nelson Picolli (Aprosoja), entre outros.
(Atualizada às 07h40 17/2)
Lideranças debatem projeto
Empresária Neiva Dalla Valle