Os produtores matogrossenses negociam apenas 68,55% do total do grão ofertado durante o primeiro leilão de prêmio do governo federal. Significa dizer que, das 600 mil toneladas disponibilizadas, apenas 411,3 mil toneladas foram comercializadas por meio do leilão de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP). O prêmio inicial variou de R$ 2,64 a R$ 6,84 por saca de 60 quilos de produto, dependendo da localidade.
A região 1 (que inclui os municípios de Alta Floresta, Juína, Juara, Apiacás, entre outros), e a região 2 (incluso somente Lucas do Rio Verde e Sorriso) conseguiram comercializar todo o grão ofertado, sendo, respectivamente 165 mil toneladas e 115 mil toneladas. O deságio do prêmio chegou a 7,21% para região 2 e 0,88% para a região 1.
Nas demais regiões não houve queda do valor do prêmio, isso porque, não foi possível comercializar todo o grão ofertado durante o leilão. A região 3 comercializou apenas 57,57% das 70 mil toneladas negociadas, a região 4 vendeu 24,70% das 25 mil toneladas. Já região 5, atingiu 60,40% de 25 mil toneladas e a região 6 alcançou 40,96% de 125 mil toneladas. O gerente de operações em Mato Grosso da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Charles Córdova Nicolau, explica que a sobra de milho durante o leilão, que foi de 188,7 mil toneladas, ocorreu por causa do preço. “Alguns produtores avaliaram que o valor não era compensatório”. No entanto, ele acrescenta que o frete implica na definição dos preços. “Entendemos que algumas regiões tem mais facilidade para escoar a sua produção, ou seja, o preço do frete não é tão dominante quanto em outras regiões do Estado”.