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Soja e carne dominam exportações mato-grossenses

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Mato Grosso fechou os sete primeiros meses do ano com aumento de 9,6% nas exportações, em relação ao mesmo período de 2006, conforme dados divulgados pela Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) em parceria com a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt). O valor acumulado das exportações de janeiro a julho de 2007 foi de US$ 2,7 bilhões, contra US$ 2,4 bilhões do mesmo período do ano passado. Já o valor acumulado das exportações no Brasil de janeiro a julho de 2007 foi de US$ 87 bilhões contra US$ 75 bilhões em 2006.

O complexo soja (grão, farelo, óleo e leticina), responde por 69% do total exportado pelo Estado, com US$ 1,8 bilhão em exportação e 7 milhões de toneladas a um preço médio de US$ 0,27 o quilo. No mesmo período de 2006, foram exportados 4,8 milhões de toneladas da soja, que era vendida a US$ 0,41 o quilo. A queda no valor do produto deve-se variação cambial, conforme afirma o gestor de Comércio Exterior da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Paulo Henrique Ribeiro Coelho da Cruz.

A leticina de soja (produto destinado à produção farmacêutica mundial), está ganhando mais espaço na pauta de exportação com um aumento de 43,13% em relação ao mesmo período de 2006. Segundo o coordenador do Centro Internacional de Negócios da Fiemt, Emerson Moura, o aumento da exportação de produtos derivados da matéria-prima é de extrema importância, pois levam consigo valor agregado.

Na pauta de exportação, o milho, que de janeiro a julho de 2006 representava apenas 0,41% da pauta de exportação do Estado este ano corresponde no mesmo período a 4,42%. “O aumento do milho na pauta de exportação é causado pela alta demanda dos Estados Unidos, ao utilizar o cereal para fabricação de biocombustível”, afirma o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan.

Segundo o secretário, “para 2008 a tendência é de que os grãos (soja e milho) migrem para o mercado interno, para serem usados como ração e a carne, principalmente de aves, cresça na escala de exportação. Com isso Mato Grosso passará a se inserir definitivamente no processo de verticalização da produção”.

O complexo carne (suína, bovina e aves), responsável por 10,7% nas exportações mato-grossenses, registrou um aumento de 59% . A carne de aves, de janeiro a julho de 2006 exportou 14 mil toneladas e no mesmo período de 2007 exportou 49 mil toneladas. No mesmo período foram exportadas 478 mil toneladas de carne suína em 2006 contra 14 milhões de toneladas este ano. Esses números refletem o resultado da instalação de empresas como Perdigão, que ano que vem vai ampliar sua capacidade de abate para 1,5 milhão de cabeças/dia de aves. Outras empresas, como a Big Frango está se preparando para instalar uma unidade industrial em Primavera do Leste, confirmando a tendência de aumento da fabricação da carne no Estado.

Um dos destaques da pauta de exportação de janeiro a julho de 2007 foi os minerais (diamante e ouro), que em 2006 representavam apenas 0,37% da tabela de exportação com apenas 29 quilos exportados. Em 2007 no mesmo período já foram exportados 2 mil quilos do mineral, um aumento que, segundo o Secretário Furlan, é fruto do trabalho da Sicme e da Fiemt no incremento e regulamentação desse setor, que antes não era fiscalizado e agora recebe a Certificação Kimberly. O Certificado tem como objetivo atestar a origem e legalidade de diamantes brutos extraídos no Brasil para exportação. O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) é o único órgão no país autorizado a emitir o documento.

O secretário Alexandre Furlan chamou a atenção para a diversificação da pauta de exportação, com a participação de empresas de pequeno e médio porte produzindo artigos como colchões, bebidas, produtos alimentícios, que estão conquistando espaço no mercado exterior.

Uma das causas para esse aumento da participação das pequenas e médias empresas no quadro de exportadores é o Projeto Extensão Industrial Exportadora (PEIEx), implantado em Mato Grosso por convênio assinado entre a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia e o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), operacionalizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MT). O projeto tem como objetivo principal aumentar a competitividade das empresas e disseminar a cultura exportadora.

Devido à baixa do dólar, as importações de janeiro a julho de 2007 continuam em alta. Foram US$ 63 bilhões contra US$ 386 milhões no mesmo período de 2006. Os primeiros produtos responsáveis por 74% da pauta de importação são adubos e fertilizantes, que em 2006 correspondiam a 62% do total da importação.

O destaque da importação, segundo Émerson Moura é a aquisição de maquinários, que teve aumento considerável por causa da variação cambial. Segundo o coordenador da CNI, a importação de maquinas para variados setores é investimento, pois potencializa o parque tecnológico, aumentando o valor agregado do produto.

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