Entre os setores da economia a serem contemplados pelo programa de qualificação profissional, a construção civil e a indústria da construção pesada aguardam a colocação de trabalhadores qualificados que ocupem as vagas em aberto. De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Pesada (Sincop), as cerca de 70 empresas atuantes no Estado, todas possuem espaço em aberto no quadro de funcionários por falta de mão-de-obra qualificada. Para atender este nicho, o Senai vai ofertar cursos para capacitar funcionários do segmento como pedreiro, eletricista e principalmente operadores de máquinas.
Os cursos integram o programa Qualicopa, da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego de Mato Grosso (Setecs). O diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Júlio Flávio Miranda, diz que os cursos atendem uma solicitação feita pelo sindicato e que desde a primeira edição do Qualicopa eles aguardam a realização para atender às empresas. "Mato Grosso tem excesso de vagas por falta de profissionais e a tendência é que esta situação piore a partir do ano que vem, quando as obras da Copa, como as de adequações viárias, realmente começarem".
O presidente do Sincop, José Alexandre Schutze, diz que é preciso, além de qualificar, atrair jovens para o segmento. "Os jovens não querem trabalhar na construção pesada, acham que as condições são ruins. Isso mudou, as máquinas são modernas, oferecem todo o conforto possível e a remuneração é boa". Segundo o presidente do Sincop, a média salarial para as funções mais simples é de R$ 1,5 mil e para as que exigem mais qualificação o salário pode chegar a R$ 5 mil.
Júlio Miranda afirma que além de atrair o jovem para o trabalho no mercado da construção e de qualificar, vai precisa importar mão-de-obra para ocupar todos os postos a serem abertos. Os cursos de qualificação para as indústrias da construção civil e pesada são realizados pelo Senai, na escola da Construção civil, no Distrito Industrial de Cuiabá.