O secretário estadual de Gestão, Júlio Modesto, apresentou a situação financeira do governo, esta tarde, a mais de 300 funcionários públicos estaduais, no Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica de Sinop (CEFAPRO), no centro. Os funcionários cobram pagamento da reposição da inflação de 11,2% (RGA), porém, o Executivo alega que está sem dinheiro e já passou o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Modesto disse, ao Só Notícias, que o governo está fazendo estudos e apresentar uma proposta às categorias sindicais, em junho. “O Estado colocará na mesa, junto com o Fórum Sindical e, consequentemente, para todos os servidores. A greve é um direito legítimo, nós entendemos isso. Estamos trabalhando para que isso não ocorra. A ideia é que consigamos propor algo positivo para os servidores e que se resolva o problema. Estamos tentando corrigir esta falha do passado, buscando subsídios para garantir o pagamento sem sacrificar os servidores”.
O gestor destacou que o governo cumpre todas as leis que foram conquistadas de formas legítimas das carreiras dos últimos anos, mas que o momento é cautela. “Colocamos estas informações de forma muito clara para explicar que realmente houve falta de planejamento do governo passado (Silval Barbosa), que agora está impactando no presente e no futuro. O que o governo vem fazendo é cumprir com todas as leis que foram conquistadas de formas legítimas das carreiras dos últimos anos. No ano passado, foram aprovadas várias leis que vão impactar nos anos seguintes. Os limites de responsabilidade fiscal foram atingidos, superados, e isso gera consequências. O que o governo está buscando receitas para suficientes para suportar as despesas.”
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Superior do Estado de Mato Grosso (SINTESMAT), Jefersson Diel, disse que espera apenas que o direito já garantido entre em folha no próximo mês. “Precisamos de uma data para o pagamento. O que não podemos viver é essa falta de perspectiva de receber este repasse que é garantido por lei estadual e constitucional”.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Educação (SINTEP) Subsede de Sinop, Maria Aparecida Lopes, criticou e afirmou que o pagamento é direito garantido. “É discutir o indiscutível. Não temos mais tempo para isso. O que nós queremos é o que de direito garantido nosso. Não estamos pedindo favor. Esperamos que a lei seja cumprida”.
Conforme Só Notícias já informou, uma reunião foi realizada, esta manhã, com Fórum Sindical, na Assembleia Legislativa. Os deputados apresentaram proposta para que a recomposição salarial dos servidores seja paga em duas parcelas. De acordo com o acumulado da inflação do ano passado, eles têm direito a receber 11,2% de reajuste para cobrir as perdas salariais de 2015. A ideia é que sejam pagos 7,5% na folha deste mês e 3,77% na de julho.