A Câmara dos Dirigentes Lojistas apresentou o resultado da pesquisa do Índice de Confiança Empresarial. No que se refere às vendas feitas no primeiro semestre, houve variação negativa de 10,81% em relação ao mesmo periodo do ano passado. Já as projeções de futuros investimentos por parte das empresas, caíram 33,33%. Foram ouvidos diretores de 115 empresas e os dados apurados pelo Centro de Informações Sócioeconômicas (CISE), da UNEMAT.
Quanto à expectativa para o segundo semestre, os economistas salientam que economia sinopense não apresenta bons sinais. A avaliação da confiança empresarial, realizada no início de julho, apresentou a confirmação da tendência de acomodação da economia, iniciada em abril. Já existia uma percepção de desaceleração que acabou sendo confirmada com os números. O índice de confiança empresarial ICE, se manteve próximo dos 100 pontos (103).
O ICE busca mapear a percepção do empresário do comércio sobre o nível de atividade (vendas, inadimplência) e a expectativa dos comerciantes referente à contratação de novos funcionários, futuros investimentos, a situação do segmento empresarial e o momento econômico. O índice é baseado em seis quesitos, sendo três sobre nível de atividade e três para mapear o nível de expectativas para a economia nos próximos três meses. É um indicador utilizado para identificar mudança de tendência na atividade empresarial. Empresários confiantes tendem a aumentar o investimento e a produção para atender o esperado crescimento na demanda.
Em relação ao mês anterior, o maior destaque ficou com a redução do indicador de contratações (- 19,6%). "Fica evidenciado que a economia sinopense está com desempenho bem abaixo do esperado", aponta o estudo.
A explicação desta acomodação está atrelada a fatores nacionais como a desaceleração da economia, redução da disponibilidade de crédito que impacta diretamente em vários setores. Os indicadores de expectativa para os próximos meses também não apontam positividade. O aumento dos juros, a limitação do crédito e o início da corrida eleitoral não devem ajudar na recuperação, segundo os economistas do Centro de Informações Sócioeconômicas (CISE), da Unemat.