O comércio de madeira se destacou na economia de Mato Grosso nos últimos dois anos. É o que mostra o balanço de transporte de produtos florestais da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). Cerca de R$936 milhões foram movimentados com vendas para o mercado externo. Negócios com outros Estados totalizaram R$1,5 bilhão. Já no mercado interno, ultrapassaram R$414 milhões.
Apesar das dificuldades do segmento, municípios da região Norte, que têm como base a atividade madeireira, movimentaram um valor expressivo no período. Em Sinop, as exportações superaram R$204 milhões, representando 41,17% do volume de vendas. Para outros Estados, foram R$243 milhões (48,91%). Vendas internas totalizaram R$49 milhões. O montante comercializado foi de R$497 milhões.
Em Alta Floresta, as negociações somaram R$146 milhões. A maioria das vendas foi para o mercado externo, totalizando R$77 milhões (52,62%). Para outros Estados movimentou R$64 milhões (43,74%). Já as vendas internas, R$5 milhões (3,64%). Sorriso movimentou R$68 milhões, e, Lucas do Rio Verde, apenas R$1 milhão.
A extração e comércio de toras também se destacaram nos últimos anos, conforme o balanço da secretaria. Foram movimentadas 159.830 cargas, transportando mais de 6 mil metros cúbicos. O valor comercializado superou R$230 milhões em todo Estado.
Em Sinop, foram R$6,5 milhões. O volume em metros cúbicos é de 119.653,49. Diversas espécies constam na relação, mas algumas se destacaram. Somente o cedrinho (Erisma uncinatum Warm), foi responsável por R$1,5 milhão comercializados, representando mais de 23 mil metros cúbicos. Para a amescla (Trattinnickia sp.), R$1 milhão e mais de 17 mil metros cúbicos. Outras ainda aparecem nestes últimos anos, como angelin, cambará, cedro, champagne, itaúba, e demais.
Em Alta Floresta, superou os R$ 2 milhões. Somente do Angelim-pedra (Hymenolobium excelsum Ducke Angelim-pedra), foram comercializados mais de R$110 mil. O total de tora nativas, em metros cúbicos, foi de 76.557,09.
Em outras cidades, como Sorriso, o montante comercializado neste período foi de R$281 mil, para tipos diferentes, como peroba, itaúba, garapeira, cedrinho, cambará, amescla, além de outras. De acordo com a Sema, foram mais de 7 mil metros cúbicos. Em Nova Mutum, R$ 220 mil. Em Lucas do Rio Verde, o relatório aponta pouco mais de R$26 mil comercializados, em diferentes variedades.