Além da geração de energia térmica, a queima da casca de arroz pode gerar também energia elétrica, que se converte em créditos de carbono, tornando-se assim mais um incentivo à utilização do resíduo. Até agosto, nove projetos brasileiros para a geração de créditos a partir da casca de arroz foram protocolados na Organização das Nações Unidas (ONU).
O projeto pioneiro é da fábrica da Camil Alimentos no município de Itaqui (RS) e é o único já registrado pela entidade internacional. Os oito projetos restantes estão em fase de aprovação.
A empresa já faturou 1,5 milhão de euros com os créditos gerados. A Camil já solicitou registro para seu segundo projeto de geração de energia a partir da casca do arroz, para a planta de Camacuã (RS).
A Josapar , fabricante do arroz Tio João, também protocolou dois projetos com a mesma finalidade no Rio Grande do Sul. O estado é a sede de oito dos nove projetos do setor entregues à ONU. O único projeto fora do Rio Grande do Sul fica em Sinop. Segundo a ONU, os nove projetos de casca de arroz já apresentados pelo Brasil são capazes de gerar, somados, 676 mil toneladas de crédito de carbono ao ano.