A inflação em Sinop subiu 0,61% em janeiro e apresentou o segundo aumento consecutivo no município. As informações são do Centro de Informações Socioeconômicas (CISE) da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e a elevação foi considerada “significativa”. De acordo com os dados apresentados, porém, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação, foi menor que no restante do país, onde a alta foi de 1,24%.
O Cise ainda apontou que na cesta de consumo, o item habitação foi o que apresentou o maior aumento no índice, com 3,74% de inflação em relação ao mês de janeiro e tendo um impacto na cesta de 0,60%. Os preços também ficaram mais caros para os bens da categoria de reparos sendo que os principais aumentos, média total de 10%, foram nas telhas, tintas e ferragens. Por sua vez, o item alimentação e bebidas teve um aumento de 0,30% em relação a janeiro, apresentando um impacto de 0,07% no índice, sendo que os principais aumentos registrados foram nos preços do tomate 24% e da banana-maçã 17%.
Para os economistas, como não houve choques negativos de oferta, os preços dos alimentos se ajustaram para baixo nos primeiros meses do ano. “Este movimento sazonal é comum devido ao início do período de safra, mesmo que algumas regiões do país enfrentem estiagens severas. Além disso, a inflação brasileira apresenta pressões de alta, movimentando os gestores da política econômica e mantendo o mercado em alerta. Ao que tudo indica, o Banco Central deve continuar com sua política de contenção inflacionária, enquanto o governo federal mantem sua meta de atingir o equilíbrio das contas públicas. Isso deve apresentar efeitos positivos dentro de alguns meses”, afirmou.
Entretanto, no primeiro mês do ano, a inflação refletiu no preço da cesta básica, que ficou mais cara no município, e obteve o maior valor, se comparada a 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em Sinop, a cesta, que em dezembro custava R$ 373,62 passou a custar R$ 386,56 em janeiro, o que representa uma alta de 3,46% no mês. Em contrapartida, a cesta mais cara entre as capitais foi encontrada em São Paulo, onde o consumidor paga R$ 371,22, ou R$ 15,34 mais barata comparada à capital do Nortão.
Os indicadores são calculados mensalmente em Sinop, por uma pesquisa encomendada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).