Os frigoríficos da região Norte já começam a ter problemas com a “greve” de 3 dias dos servidores do Instituto de Defesa Agropecuário (Indea) prevista acabar amanhã. Deixaram de ser emitidas, por exemplo, as Guias de Trânsito Animal (GTA), que são obigatórias e, sem elas, o gado fica nas fazendas e não pode ir para frigoríficos.
Em Sinop, um dos maiores frigoríficos -o Frialto- deixará de abater até segunda-feira cerca de 1,4 mil cabeças de gado. Segundo um dos representantes de compra de animais do grupo, Mário Antônio Esteves, com a paralisação, houve emissões antecipadas de 400 GTAs (para 400 animais) que já foram usadas. Diariamente, a empresa abate 600 animais.
Com a paralisação, o Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo) calcula que os prejuízos sejam de R$ 22,84 milhões por dia, correspondente a 17 mil cabeças que não foram abatidas até agora.
Caso haja uma negociação entre servidores do instituto e o governo, a categoria voltará aos trabalhos apenas na segunda-feira, período que pode deixar cerca de 85 mil animais fora do abate, totalizando perdas de R$114,20 milhões para o setor.
Os servidores do Indea cobram recomposição salarial de 20%, melhorias no plano de cargos, cerreiras e salários, condições de trabalhos, o aumento de servidores concursados, mais veículos para desempenhar as atividades no Estado.