A Succespar Real Estate, que representa o grupo Pão de Açúcar, entrou com um novo pedido de avaliação da área do estádio municipal Massami Uriú, o Gigante do Norte. A empresa, que manifestou, no ano passado, intenção de comprar o terreno, havia feito uma proposta inicial de R$ 26 milhões ou a construção de uma nova arena esportiva para o município. No entanto, no mês passado, uma perícia, requerida pela prefeitura em uma ação para produção antecipada de prova, apontou que o imóvel vale aproximadamente R$ 61 milhões.
Após a divulgação do laudo, assinado pelo perito Carlos Ferraciolli, a empresa, sem apresentar discordância dos valores apresentados, peticionou no processo um pedido para que seja feita uma nova avaliação. Isso porque, desta vez, a Succespar manifestou interesse em comprar parte da área total de 95 mil metros quadrados. Na área 1, com 62 mil metros quadrados, seria construída uma nova arena, com recursos da venda/permuta da área 2, que teria 33 mil metros quadrados e seria destinada à implantação da rede de atacarejo da marca Assai.
No ação, a prefeitura também ingressou com um novo pedido após a divulgação do laudo. O objetivo é saber quais critérios foram utilizados para que os técnicos do Núcleo de Desenvolvimento Urbano (Prodeurbs) possam avaliar o documento. Por isso, a prefeitura pede que um novo levantamento detalhe a avaliação das benfeitorias e os valores dos imóveis utilizados como base. O Executivo também requereu uma nova avaliação fracionada, mas quer que seja considerada, no laudo, a “importância logística, de mercado, das vias de acesso que estarão disponíveis para a parte 2 da área de interesse da proponente (empresa)”.
Ao Só Notícias, a prefeita Rosana Martinelli (PR) resumiu que “não tem nada acertado ainda. Tem que avaliar ainda, se vamos aceitar. Vamos analisar se compensa para o município. Estamos aguardando a resposta do perito”.
Conforme Só Notícias já informou, o laudo feito por Ferraciolli apontou que o terreno sem benfeitorias do estádio está avaliado em R$ 57,6 milhões. O restante, R$ 4,2 milhões, é relativo às benfeitorias do imóvel, como arquibancadas, “grande volume de concreto, gramado, os diversos pavimentos, a edificação em alvenaria destinada ao vestiário dos atletas, cabine de transmissão, a cobertura principal e o memorial ‘Rogério Ceni’, as demais infraestruturas como iluminação do estádio e de água”.
Após receber a proposta pela área, em novembro de 2018, o município ingressou com um pedido de produção antecipada de prova para conhecer o valor real do imóvel e embasar uma futura venda, por meio de procedimento licitatório. A rede Assaí afirmou, inicialmente, que, se comprar a área, pretende investir no complexo R$ 150 milhões.