terça-feira, 5/novembro/2024
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Sinop: crimes contra a patrimônio lideram ranking de denúncias do MP

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Os crimes contra o patrimônio lideraram a lista de denúncias enviadas ao Ministério Público Estadual, em Sinop, ano passado. 72 foram feitas. Na sequência aparecem crimes de violência doméstica (28), e porte de armas (21). Os dados foram apresentados durante audiência pública realizada no auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat).

O evento teve como finalidade prestar contas para a população acerca das ações realizadas pela promotoria local nas áreas Cível, Criminal, Infância e Juventude e demais, bem como ouvir da sociedade quais são as necessidades e prioridades que o MP deve focar suas ações.

Para o procurador geral de Justiça no Estado, Marcelo Ferra, os índices de violência percebidos em Sinop não se tratam de uma preocupação somente local. Segundo ele, os problemas deste setor ultrapassam barreiras geográficas. “Não é apenas em Mato Grosso, mas a nível nacional. O MP vem contribuindo na discussão de políticas de segurança pública, controle externo da atividade policial bem como procurando dar agilidade nos processos de modo que as pessoas que infringiram a lei sejam punidas mais severamente”, declarou, em entrevista ao Só Notícias.

Ferra defende que não basta apenas atacar os efeitos da violência mas principalmente as causas. “As vezes faltam investimentos em infraestrutura, educação. Isto evita que no  futuro tenha que se punir”, falou.
O discurso de Ferra foi acompanhado pelo corregedor-geral do Ministério Público, Edmilson da Costa Pereira. “O crime de maior presença no Estado ainda é o contra o patrimônio. Isto reflete a forma de moldagem da nossa estrutura social porque aí tem a desavença familiar, o consumo de droga que gera isto, o furto, o roubo para abastecer a droga, o desemprego, a falta de cultura”, destacou.

“Não temos conseguido passar para a sociedade a confiança que os órgãos públicos estão agindo com eficiência nesta área. Isto é um sintoma que devemos modificar. Para isto é preciso saber ouvir a comunidade, verificar o que é prioritário. Também estamos interessados que esta confiança seja aumentada e que esta resposta do aparelho estatal de garantir segurança pública seja modificada”, concluiu.

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