A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) enviou duas equipes de servidores ao escritório regional de Sinop- que atende mais 13 cidades da região- para agilizar processos de manejo acumulados durante o período da greve de 40 dias, encerrada na terça-feira (9). O diretor Luiz Antônio Callegari disse, ao Só Notícias, que os servidores realizam trabalho de campo, desde ontem, quando foram retomados as atividades, e ficarão na região por tempo indeterminado.
A liberação dos manejos é para serem extraídas toras e as madeireiras tenham estoque para atravessar o período das chuvas, já que muitas indústrias preveem estoques baixos e, como consequência, queda nas vendas. A força tarefa, em Mato Grosso, ficou definida entre o secretário de Estado de Meio Ambiente (Sema), Alexander Maia, diretores do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira (Cipem), empresários do setor de base florestal de Sinop e região, semana passada.
Na reunião, Maia falou na liberação de pelo menos cem processos de manejo. Atividade que o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), José Eduardo Pinto, destacou vital para o setor. A entidade apontou que com a greve, o setor, que movimenta R$ 1,7 bilhão por ano, em média, no Estado, terá prejuízo de pelo menos 12 meses com a morosidade dos processos.
Conforme Só Notícias informou, mesmo retornando ao trabalho, a categoria não aceitou a proposta de reajuste da verba indenizatória nos percentuais de 53% para os agentes e 23% para técnicos, ainda este ano, do governo estadual. Ela mantém a cobrança do aumento de 100%. A retorno teria sido motivado pela decisão judicial que declarou o manifestou ilegal e determinou corte no ponto dos funcionários grevistas.