O presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (Sinergas), Zenildo Dias do Vale, afirmou, em entrevista, ao Só Notícias, que das 4 mil empresas credenciadas de revenda de gás de cozinha nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, ao menos 300 já fecharam as portas devido ao desequilíbrio dos reajustes mensais do produto.
“Com o aumento de mais de 62% do gás de cozinha, mais de 300 empresas já fecharam. Nos dois estados são mais de 4 mil empresas credenciadas. O que ocorre é que 30% das empresas parcelou suas dívidas com as companhias. Dessas, deve sobrar 70% que ainda estão conseguindo pagar suas contas em dias. A empresa fecha porque compra o produto e, na sequência, vem o aumento, tentam segurar para não passar ao consumidor e acaba quebrando. Ou seja, acaba bancando o caixa”.
Esse mês, a Petrobras voltou a aumenta preço do gás de cozinha, que chegou em 4,5%. O último reajuste aconteceu no dia 11 de outubro, quando os preços foram reajustados em média em 12,9%. A Sindigás estimou que alta no preço do botijão "oscilará entre 4,2% e 4,7%, de acordo com o polo de suprimento".
No ano, o preço médio do gás de cozinha no país acumula alta de 15,58%, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). O valor médio do botijão para o consumidor saltou de R$ 55,74 em janeiro para R$ 100 este mês. A Petrobras adotou uma nova política de preços. Por isso, o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) é revisado todos os meses.
De janeiro até agora, a Petrobras anunciou redução de -4,5% apenas em julho. Em agosto houve amento de 6,9%, duas vezes em setembro. A primeira de 2,2% e 6,9%, outubro 12,9% e agora mais 4,5%.