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Sindenergia diverge de agência e aponta que aumento máximo na tarifa de energia em MT deve ser de 5%

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

O diretor do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás de Mato Grosso (Sindenergia), Carlos Alberto Rocha, se manifestou contrário ao aumento de até 9,36% nas tarifas de energia a partir de abril. Ele aponta que deve ser em torno de 4% a 5%, assim como ocorreu em Campo Grande (MS).

“Entendemos que sair de 10% para 4% é uma batalha difícil, mas se ficar em torno de 5% será uma grande vitória para o setor produtivo, já que qualquer reajuste não é bem-vindo na atualidade, tendo em vista que, aproximadamente 60% das famílias matogrossenses estão endividadas, além disso, temos os desafios de conseguir incentivos para a indústria, de atender ao agronegócio que lá na ponta tem dificuldade de conexão, de ter mais investimentos na rede de distribuição elétrica do estado, pois ela está bastante comprometida ”, expôs na audiência pública para debater a revisão tarifária periódica da concessionária, ontem, em Cuiabá.

Conforme Só Notícias já informou, foram propostos o reajuste das tarifas aos consumidores nos seguintes índices: 9,71% aos consumidores de baixa tensão e 8,54% aos consumidores de alta tensão, dando a média de 9,36% de reajuste.

O diretor do Sindenergia reconhece que houve investimentos da concessionária, na geração e na transmissão, mas qualquer reajuste impactará os consumidores residenciais, comerciais e industriais. Contudo o consumidor, além de sentir a conta mais cara na residência, vai ter impacto quando for comprar produtos nos supermercados, pois parte do aumento do custo do comércio e da indústria será repassada ao preço final, então, por exemplo: “Se você comprar um bolo no supermercado ou na padaria, deve-se lembrar que foi utilizada a farinha para fabricá-lo e ela é industrializada com o consumo de energia, sendo assim, em ambos os estabelecimentos houve custos com eletricidade, impactando assim no custo de vida de todos”, acrescentou, através da assessoria.

Carlos Alberto Rocha alertou ainda que o custo de energia também poderá trazer prejuízos na geração de empregos, na tomada de decisão de novos investimentos em Mato Grosso, levando investidores a buscarem outros estados com custo menor em energia elétrica.

Os índices definitivos sobre a revisão tarifária serão fechados no dia 4 de abril, conforme informado pro diretor da Aneel, Ricardo Tili, sendo que os cálculos foram realizados em dezembro passado e estão sendo discutidos. “A distribuidora fica com 35% do valor pago pelo consumidor na conta de energia e ela obtém lucro por meio dos investimentos que faz. A outra fonte dr lucro que a concessionária tem é pela eficiência”, explicou.

Já a concessionária manifestou que,  dentro do percentual proposto, a parcela referente a empresa prevê impacto negativo de -3,55% na revisão, ou seja, a parcela que fica com a distribuidora está reduzindo.

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