O setor madeireiro de Sinop e região deve apresentar, até o dia 22, para a Secretaria de Fazenda – Sefaz, uma ‘contra proposta’ no valor da carga tributária da pauta da madeira. Eles não aceitaram o ajuste proposto pelo governo, em média de 44%. Ele estava previsto para ser cobrado ainda neste mês, mas o setor e lideranças políticas cobraram do governo Blairo Maggi que o aumento fossse suspenso. O governo adiou o aumento para fevereiro. Em uma reunião ontem, os industriários manifestaram preocupação com a decisão do governo em aumentar a pauta que resulta, conseqüentemente, em aumento na carga tributária.
“Os associados dos sindicatos foram chamados para conciliarmos as propostas de negociações que estão sendo feitas com a Sefaz, e ouvi-los também. Temos uma bem menor que a secretaria quer fazer. Ela seria dividida em dois parcelamentos, em um valor abaixo deste proposto [cerca de 44%] . Temos que conciliar a proposta de Sinop, que não é única com os outros sindicatos, para que seja feita uma do setor”, declarou, ao Só Notícias, o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso, Jaldes Langer.
Ele explicou que, se não houver negociação, deve-se buscar meios. “Iremos nos reunir novamente e como o setor não aceita, vejo a saída judicial, mas esperamos não chegar a isto”, acrescentou.
Madeireiros de Alta Floresta, que participaram das discussões, debaterão o assunto com industrias locais. “Existe uma proposta do governo justamente num momento bem delicado, em que tentamos nos recuperar de uma grave crise de 2005. Esse aumento nos preocupa pois, neste momento, precisamos de todos os recursos necessários para alavancar o setor, movimentar, aumentar o número de empregos. Estaremos mobilizados para um possível aumento, que considerarmos injusto, vermos as medidas que iremos tomar”, declarou o vice-presidente do Sindicato dos Madeireiros, de Alta Floresta, Ricardo Mastrangelli .
Além de Sinop, empresários de Paranaíta, Alta Floresta, Sorriso participaram das discussões. Em outras regiões também estão ocorrendo as reuniões, como Juína, São José do Rio Claro e Cuiabá.
Assim que os sindicatos discutirem as propostas, elas serão encaminhadas para Federação das Indústrias de Mato Grosso – Fiemt e serão levadas ao governo.